A movimentação financeira de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mostra que uma assessora depositou quase 100% do salário recebido durane um ano. Flávio é o filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que criticou o governo de Cuba em relação aos salários dos profissionais do programa Mais Médicos.

(imagens: rede social divulgação)

A suspeita, que teve investigação no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), é de um esquema para beneficiar a família de Jair Bolsonaro (PSL) politicamente. 

Os dados foram levantados pelo jornal Estadão. A funcionária Nathalia Melo de Queiroz transferiu R$ 97.641,20 da Alerj, a título de crédito mensal médio de R$ 7.510,86.

O total transferido por Nathalia para o possível esquema de Flávio Bolsonaro corresponde a 99% do pagamento líquido feito pela Alerj à assessora em janeiro de 2016, segundo a folha salarial daquela Casa.

O jornalista Fausto Macedo (Estadão), afirma que não há informações completas disponíveis sobre a movimentação financeira de Nathalia, ou seja, por ora não há como comprovar que o dinheiro tem origem exclusiva nos rendimentos pagos da Alerj.

“Os cálculos são por aproximação. Para fazê-los, o Estado usou o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da Operação Furna da Onça e consultou a folha salarial da Casa. O órgão federal mostrou que no período investigado Nathalia transferiu os R$ 97.641,20 para a conta do assessor de Flávio”, escreve Macedo.

O filho de Jair Bolsonaro nega que tenha cometido qualquer irregularidade e que seus assessores se explicarão às autoridades competentes.  No entanto, o principal envolvido no caso, Fabrício Queiroz, está desaparecido há mais de uma semana sem dar qualquer explicação. (Com informações do Congressoemfoco e Estadão)