Ainda que parte da população faça duras críticas aos governos petistas, o fato é que o fim do ciclo de governos petistas no poder fez aumentar rapidamente a pobreza e a extrema pobreza no Brasil.

(gráfico artigo Francisco Menezes e Paulo Jannuzzi – PNAD)

O principal fator apontado para esse crescimento é o ajuste fiscal feito pelo governo de Michel Temer (MDB), em um cenário de pouco crescimento econômico e desemprego, aliado a uma política de redução de direitos sociais e trabalhistas.

O cenário piorou com presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que elogiou e disse que continuaria muita coisa do governo Temer. Na realidade, Bolsonaro piorou todos os índices e fez, inegavelmente, o pior governo da história para a população brasileira de baixa renda.

Veja no gráfico ao lado que entre 2003 e 2014, mandatos de Lula e Dilma Rousseff, houve significativa melhora nas condições de vida população e o percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza diminuiu.

Mas a miséria voltou a subir rapidamente a partir de 2015, ano do início da articulação do golpe parlamentar que retirou Dilma do poder. Em 1992, havia quase 65 milhões de pessoas consideradas pobres no país, sendo 19,5 milhões extremamente pobres – com renda mensal inferior a R$ 70. Em 2014, o número foi reduzido para 19,2 milhões de pessoas na pobreza, sendo 5,1 milhões na extrema pobreza. O dado mais recente, de 2016, indica que já são 31,5 milhões de pessoas nessa situação.  (RBA e Carta Campinas)