.Por Eduardo de Paula Barreto.

Vejo o povo sentado
Numa cratera de vulcão
Balançando os pés animado
Aguardando a erupção
Todo mundo de mãos dadas
Dando altas gargalhadas
Esperando a política messiânica
Mas basta diplomar o Messias
Que todos em agonia
Se cobrem de lavas vulcânicas.
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Não se iludam com os políticos
Que falam de Deus nos palanques
Lembrem-se que antes do martírio
O terrorista grita: Deus é grande!
Muitos se passam por cordeiros
E fazem discursos altaneiros
Que ecoam a sua voz
Mas quando a campanha acaba
Cai por terra a máscara
E revela-se o algoz.
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Trazemos em nosso interior
Um Ustra e um Jesus
Um se alegra com o amor
E o outro com a cruz
Por isso temos que atentar
Ao que de nós fazem brotar
Quando nos conduzem
Porque a garoa inofensiva
E as inundações destrutivas
Todas vêm da mesma nuvem.
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08/11/2018