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Ministério Público denuncia Lula por ajudar o Brasil a fazer negócios no exterior

O Ministério Público Federal (MPF) fez mais uma denuncia estarrecedora em relação ao ex-presidente Lula. O MPF acusa Lula de ajudar empresas brasileiras a expandir seus negócios no exterior, gerando empregos e melhorando a economia do Brasil.

Obiang e Lula (foto fabio pozzebom – ag. brasil)

Segundo os procuradores da Operação Lava Jato, Lula recebeu R$ 1 milhão do empresário Giannetti Geo, através de uma doação para seu instituto, para ajudar a empresa brasileira a conseguir negócios no governo de Teodoro Obiang, da Guiné Equatorial.

Ou seja, o empresário brasileiro pediu ajuda a Lula, que já era ex-presidente, a fazer negócios no exterior. Lula teria ajudado a empresa brasileira a trazer divisas para o Brasil e gerar empregos.

A denúncia está baseada em trocas e-mails envolvendo o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula Miguel Jorge, a diretora do Instituto Lula, Clara Ant, além de Giannetti Geo. As e-mails foram recolhidas durante a busca e apreensão realizada na sede do instituto durante a Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato, em março de 2016.

O fato aconteceu após Lula sair da presidência da República e manter atividades privadas do Instituto fora do governo. Em um e-mail de 5 de outubro de 2011, Miguel Jorge escreveu para Clara Ant dizendo que Lula tinha interesse em conversar com Geo sobre os empreendimentos na Guiné Equatorial e que o empresário estava disposto a fazer uma “contribuição financeira bastante importante”. O empresário seria mais tarde o portador de cartas trocadas entre Lula e Obiang, que governa o país desde 1979.

Na mensagem enviada pelo ex-presidente brasileiro em maio de 2012, a ARG é mencionada como “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”. Lula diz ainda, no mesmo texto, que acreditava que o país africano passaria a fazer parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). De acordo com o MPF, ajudar empresas brasileiras no exterior virou crime. Obiang havia pedido a Lula para que falasse com a então presidente Dilma Rousseff para facilitar a inclusão da Guiné na CPLP.

Em junho de 2016, a AGR fez uma doação de R$ 1 milhão ao Instituto Lula. Segundo os procuradores, foi o pagamento ao ex-presidente por ter usado sua influência para obter vantagens para o grupo empresarial do Brasil. Como Lula, tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu. No entanto, o registro como doação é, na denúncia do MPF, uma forma de dissimular o recebimento de recursos de origem ilegal, configurando assim lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia, o ex-presidente é acusado de Luiz Inácio Lula da Silva por lavagem de dinheiro. Também foi alvo da denúncia o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, acusado ainda de tráfico de influência.

Em nota divulgada hoje (26), o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, classificou a denúncia como “continuidade a uma perseguição política”. De acordo com o defensor do ex-presidente, não existem elementos que demonstrem que Lula tenha cometido qualquer ilegalidade.

“A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal”, diz o comunicado. O advogado disse ainda que espera que a Justiça rejeite a denúncia. (Com informações da Agência Brasil)

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