A Casa de Vidro inaugura nesta terça-feira, 13, às 10h, a instalação artística “Éramos 5 milhões”, de Danilo Batista, com 500 balões sobrepostos de diferentes tamanhos nas cores marrom e preto ligados por barbantes e amarrados a uma corrente de metal.

(Foto: Arquivo PMC)

A obra ficará no espaço até o dia 18 de dezembro e explicita todo o processo de deterioração dos balões. “A obra pretende dialogar sobre o violento processo de tráfico de pessoas negras de diversas regiões da África, sua consequente desterritorialização e as reverberações individuais e sociais desse processo. Trata-se de uma provocação visual e questionamentos acerca da questão racial no país”, reflete o artista.

O projeto também prevê duas ações performáticas, uma no dia da inauguração e outra no fim do período de exposição. A primeira ação, “Cartas para Ninguém” será também na terça-feira, às 14h, e consiste em um convite para a escrita de cartas que deverão ser amarradas em balões carregados com gás hélio, e no movimento coletivo serão soltos no espaço público. Essa ação é aberta a pessoas com mais de 16 anos e limitada a 30 pessoas. Inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected]

A segunda ação, “Recomeçar”, será no dia 18 de dezembro, às 14h, e consiste na observação por parte do público do estado em que se encontra a exposição, e posterior convite do público para destruir os balões falando ou pensando nos episódios de racismo que já passaram ou inadvertidamente cometeram.

A instalação na Casa de Vidro (Av. Heitor Penteado, 2145, Taquaral, Lago do Café) está aberta de segunda a sexta, das 9h às 17. A entrada é gratuita. (Carta Campinas com informações de divulgação)