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Em Campinas, médicos cubanos vão embora e corrupção do Hospital Ouro Verde fica

Enquanto os médicos cubanos estão deixando a cidade de Campinas (SP), com homenagens e agradecimentos, um grande escândalo na gestão da saúde da cidade volta à tona e explica a qualidade da saúde pública oferecida à população. As duas situações, acontecendo ao mesmo tempo, expõem a forma como é tratada a saúde pública em Cuba e no Brasil.

(fotos: foto de video e câmara de vereadores)

Atendendo principalmente nos Centros de Saúde das áreas periféricas da cidades, os médicos cubanos representavam mais de 50% dos médicos de Campinas dentro do programa Mais Médicos.

Alguns médicos foram homenageados por funcionários e pacientes. Veja link.

Enquanto os médicos cubanos vão embora com agradecimento dos pacientes, a medicina pública brasileira vai permancer na cidade com escândalo de corrupção, segundo o Ministério Público, que envolve a OS Vitale Saúde que administrava o Hospital Ouro Verde e a Prefeitura de Campinas.

Esta semana, o vereador Marcelo Silva (PSD) protocolou um pedido para que seja instaurada uma Comissão Processante contra o prefeito Jonas Donizette (PSB), por conta justamente das novas denúncias envolvendo o convênio entre a Organização Social Vitale e o Hospital Ouro Verde, que está sendo investigado pelo Ministério Público.

O vereador levou em conderação os últimos escândalos, quando foi decretado pedido de prisão contra o secretário municipal Sílvio Bernardin. Na opinião do vereador, está “claro que o prefeito não praticou os atos necessários à manutenção da legalidade e à moralidade no que toca ao repasse de verbas ao Ouro Verde” e “que o prefeito e seus secretários tinham ciência e participavam ativamente do esquema.”

Além da prisão do secretário municipal, que foi mantido no cargo mesmo após as primeiras denúncias de corrupção, também foram pedidas as prisões do empresário área de comunicação, Sylvino de Godoy, proprietário do Grupo RAC e de seu filho, Gustavo Godoy, que mantinha um contrato com a OS Vitale Saúde. Segundo as denúncias ao MP, enquanto o pai defendia a OS Vitale Saúde na imprensa, o filho exigia o recebimento de R$ 40 mil mensais.

Ontem à noite, dez vereadores fiéis ao governo Jonas Donizette (PSB) descartaram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a relação entre a Prefeitura e a OS Vitale Saúde.

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