Realismo, Ben Johnson

Em São Paulo – De 7 de novembro a 14 de janeiro, poderá ser vista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, a exposição “50 anos de realismo – Do fotorrealismo à realidade virtual”.

A exposição, com cerca de 100 obras, de 30 artistas entre brasileiros e estrangeiros, tem como ponto inicial a realidade e sua representação através da pintura, da escultura e da realidade virtual nos últimos 50 anos. A proposta possui um caráter de ineditismo, pois o fenômeno da representação da realidade na arte contemporânea nunca foi tratado partindo do fotorrealismo, sendo este aprimorado no hiper-realismo, seguido da perspectiva de expansão futura da realidade virtual.

Quatro anos atrás chegava ao Brasil uma exposição que se tornaria histórica para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Pinacoteca do Estado de São Paulo pelo fato de levar multidões para dentro de suas salas expositivas. Ao considerar que boa parte do público nunca havia entrado em um museu, a exposição se tornou um fenômeno nunca visto antes no país. Pessoas se amontoavam, formando filas quilométricas em torno das instituições, o público estava eufórico para conhecer as esculturas hiper-realistas de Ron Mueck que chamam atenção devido ao alto nível de detalhes e por sua singularidade e impacto visual.

Quem ficou impressionado com o hiper-realismo, agora terá a oportunidade de conhecer outros artistas que são expoentes dessa técnica na exposição no Centro Cultural do Banco do Brasil.

Sob curadoria de Tereza de Arruda, a exposição, inédita no Brasil, terá itinerância pelo CCBB de Brasília e Rio de Janeiro. O público terá oportunidade de ver diferentes gerações do hiper-realismo em uma única mostra, incluindo artistas que estiveram na histórica Documenta de Kassel de 1927.

O estilo artístico, que nasceu nos Estado Unidos entre as décadas de 60 e 70, tem sua origem no fotorrealismo. Seu surgimento se deve ao afronte ao abstracionismo, movimento vigente na época. No hiper-realismo, os artistas exploravam o domínio técnico, tendo como um dos objetivos enaltecer a beleza do cotidiano e as minúcias do detalhe, provocando um sentimento ambíguo sobre o que é realidade.

Tendo em vista que a curadoria faz um resgate histórico, essa exposição traz obras de artistas de diversas nacionalidades: Alemanha, Brasil, Canadá, Dinamarca, Escócia, Espanha, Grécia, País de Gales, Inglaterra, Dinamarca, Japão e Suécia. Quem visitar a mostra poderá ver algumas obras icônicas, como por exemplo as pinturas que mais parecem fotografias de John Salt, Ralph Goings e Antonis Titakis, enquanto na escultura, Peter Land e Carole A. Feuerman provocam desconforto por aludirem a uma realidade tridimensional inanimada.

O Brasil também possui importantes expoentes do hiper-realismo, tais como as pinturas viscerais de Fábio Magalhães e as linhas arquitetônicas de Hildebrando de Castro. Em meio a tantos nomes consagrados na história da arte, uma das grandes surpresas se dá pela presença do jovem escultor Giovani Caramello; uma de suas obras com mais de dois metros de altura se destaca logo no hall de entrada do museu. Apesar da idade, Caramello é uma das grandes referências da escultura hiper-realista sul-americana, seu trabalho já se encontra em importantes coleções mundo a fora.

A tecnologia também estará presente enquanto linguagem, com as obras em realidade virtual dos artistas Akihito Taniguchi, Theo Triantafyllidis, Andreas Nicolas Fischer e Banz & Bowinkel. Suas instalações interativas serão exibidas em monitores e projeções espaciais, em alguns momentos dialogando com outras obras.

A visitação é gratuita. Mais informações AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Exposição: “50 anos de realismo – Do fotorrealismo à realidade virtual”
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Abertura: 07/11/2018 – 19h às 23h
Visitação: 07/11 a 14/01/2019.
Horário de Funcionamento: Qua. a Seg. 09h às 21h
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112. Centro. São Paulo
Telefone: +55 (11) 3113-3651
E-mail:[email protected]