.Por Eduardo de Paula Barreto.
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Ainda resta-nos uma chance
Nem todo amor foi consumido
Haverá novos romances
Para o nosso coração ferido
Que pulsa triste pelas desilusões
Pela descrença nas instituições
E por sentir que já foi traído
Mas vale um último esforço
Para evitarmos o remorso
Porque nem tudo está perdido.
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Melhor a crença num recomeço
Do que a insistência em acreditar
Que pode estar no retrocesso
A chance de tudo mudar
Veja que as plantas não viram mudas
Apenas produzem outras profusas
E os rios não mudam o seu sentido
O velho não volta a ser criança
O saber não volta a ser ignorância
Por isso nem tudo está perdido.
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O trabalhador não quer ser escravizado
A mulher não quer ser diminuída
O gay não que ser espancado
A Amazônia não quer ser vendida
Os índios não querem ser dizimados
Os gringos não querem ser enxotados
O grito não quer ser reprimido
O eleitor não quer ver cadeado
Na urna onde teria votado
Por isso nem tudo está perdido.
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Nem tudo está perdido
Ainda há chance de redenção
Basta mantermo-nos unidos
E desarmarmos o coração
E nele abrigarmos a esperança
De que promoveremos a mudança
Que almejamos como sociedade
Quando com o dedo do gatilho
Afastarmos o risco do martírio
Apertando as teclas da liberdhaddade.
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Eduardo de Paula Barreto