O candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, em entrevista exclusiva para à Plataforma Carta Campinas, afirmou que Bolsonaro é a expressão de um fenômeno político, que é a antipolítica sendo canalizada pela extrema-direita.

“Nos estamos em uma crise de representação profunda. E essa descrença, essa insatisfação com o sistema político não é de direita necessariamente. Em São Paulo,  a antipolítica gerou o João Dória (PSDB). Temos a antipolítica de toga ganhando força aqui no Brasil. E você tem também a antipolítica de farda, que o Bolsonaro representa”, afirma.

Mas ele ressaltou que não se pode confundir os eleitores de Bolsonaro com o Bolsonaro. “Ele é fascista, mas seus eleitores não necessariamente são”, diz.  Boulos afirma que o grosso do eleitorado do Bolsonaro não é um eleitorado de extrema-direita. “É um eleitorado que está órfão da política. O melhor lugar para dialogar com ele é de crítica a esse sistema político”, afirma.

Guilherme Boulos esteve em Campinas em Campanha e participou de uma sabatina sobre Ciência e Tecnologia no Auditório da ADunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp), promovida pelo Movimento pela Ciência Tecnologia Pública (MCTP)

Veja mais duas partes desta entrevista:

Parte 1

Brasil precisa fortalecer a universidade pública para não ser ‘fazenda da China’, diz Boulos

Parte 2

Democracia brasileira precisa de mais participação da população, diz Guilherme Boulos