Apesar de a maioria dos vereadores de Campinas não assinarem uma CPI municipal para investigar o escândalo de corrupção envolvendo a OS Vitale Saúde na administração de Jonas Donizette (PSB), uma outra CPI, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo pode tomar o protagonismo das investigações.

A CPI das Organizações Sociais de Saúde (CPI das OSs), que foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e está em funcionamento desde abril de 2018 vai ouvir nesta quarta-feira (15/08), o provedor da Organização Social Vitale Saúde, Mauricio Rodrigues. A Vitale atuava em Campinas, entre outras cidades, e é alvo de investigação do Ministério Público por desvio de recursos na administração do Hospital Ouro Verde. A reunião ocorre às 14h, no Plenário Tiradentes da Alesp.

A CPI das OSs investiga uma série de irregularidades no estado de São Paulo que estão ligadas ou tem o envolvimento de Organizações Sociais (OSs). Em reunião nesta terça-feira (14/08), a CPTI tambem aprovou a convocação de representante do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde (Gamp), entidade qualificada como OSS que manteve pelo menos um contrato com a prefeitura da cidade de Amparo, entre 2015 e 2017.

A presidente da entidade, Micheli Aparecida da Câmara Rosin, deve comparecer ainda este mês, ou até o início de setembro, para prestar esclarecimentos sobre denúncias, inquéritos, processos e contratações celebradas entre a organização social e os municípios de São Paulo, em especial Amparo.

Foi aprovada ainda a convocação do médico e vereador Geraldo Afonso Moreira Gomes, também da cidade de Amparo. O vereador será chamado para prestar informações sobre a representação que promoveu junto ao Ministério Público sobre irregularidades no contrato de gestão firmado entre aquele município e o Gamp.

Ainda a respeito de contratos com esta organização social, foi adiada a análise de requerimento que previa a convocação do secretário de Administração da prefeitura de Amparo, Mauro Auler. A ideia era ouvir o secretário sobre os procedimentos afetos aos chamamentos públicos, contratação, execução e fiscalização dos contratos celebrados entre o município e organizações sociais para a gestão do serviço de saúde. Os pedidos foram feitos pelo deputado Carlos Neder (PT), que é subrelator da CPI para os contratos de gestão celebrados na capital paulista, mas tem atuado amplamente nas investigações da CPI como um todo. (Com informações de divulgação)