Se a estratégia de Lula e do PT não der certo e o fascismo vencer as eleições 2018, você pode culpar todos os partidos progressistas, menos o PCdoB. Após fechar aliança com o PT, a direção do PCdoB soltou uma nota em que narra a saga das tentativas de uma grande coligação.

Segundo a nota, o PCdoB e Manuela D’Ávila fizeram de tudo para compor um grande aliança progressista. Manuela deixou de ser candidata para ser vice do PT, mas poderia ceder em outras frentes para compor a grande união das esquerdas. Uma grandeza política em tempos difíceis.

“O partido buscou viabilizar a perspectiva de uma frente ampla, a partir da unidade da esquerda, como fator indispensável para essa almejada quinta vitória do povo. Trabalhou incessantemente por propostas programáticas unitárias, elaboradas pelas fundações dos partidos de esquerda, e contribuiu para a realização de uma série de reuniões com PT, PDT, PSB e PSOL“, afirmou em nota.

E mais: que a candidata Manuela D’Ávila e o partido foram incisivos na defesa de uma pactuação eleitoral progressiva das candidaturas para derrotar as forças conservadoras e golpistas. Em 22 de julho, o PCdoB e Manuela se dirigiram aos partidos de esquerda e os conclamaram à unidade desde o primeiro turno.

Mas não foi possível a aliança. Então, na Convenção do partido, Manuela foi definida como candidata à Presidência. “Nos últimos dias, o PCdoB intensificou as conversações em torno da unidade. Apesar de todo esse esforço, prevaleceu nesse campo a fragmentação. O Partido dos Trabalhadores homologou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, grande liderança popular do país, que está arbitrariamente preso. O Partido Democrático Trabalhista, por sua vez, oficializou a candidatura de Ciro Gomes, que corretamente aponta como saída para a grave crise do país um novo projeto nacional de desenvolvimento. O Partido Socialismo e Liberdade, por sua vez, lançou Guilherme Boulos, candidato. E o PSB não coligou, nem lançou candidato, mas recomendou seus militantes apoio aos candidatos do campo progressista”, anotou.

Ainda segundo a nota, “inviabilizada a unidade mais ampla dos partidos de esquerda, na reta final do prazo legal para definições, o PCdoB e o PT, conjuntamente, persistiram na busca de uma aliança e intensificaram as negociações entre si. No último domingo (5), a direção do Partido dos Trabalhadores foi porta-voz de um convite do ex-presidente Lula para que Manuela D’Ávila assumisse a candidatura de vice na sua chapa. Embora a proposta não contemplasse a unidade mais ampla resultante de uma composição que abarcasse as candidaturas de Lula, Ciro Gomes, Manuela, o PCdoB considerou que, diante da forte orquestração das forças conservadoras e golpistas para vencer as eleições, a coligação entre PCdoB e PT emergia como a aliança possível e importante para se construir a vitória das forças progressistas”.(Veja a nota)