Por apenas sete minutos, uma petroleira não morreu na explosão seguida de incêndio, que aconteceu na Refinaria de Paulínia (Replan) na madrugada de segunda-feira, dia 20. O acidente aconteceu a 00h51 e a trabalhadora fez a ronda no local às 00h44. O estrondo foi tão forte que chegou a causar tremores em residências de Paulínia e Campinas e pode ser ouvido por moradores de Americana, a cerca de 40 quilômetros de distância da refinaria.

Por sorte, o acidente não teve vítimas, mas deixou os trabalhadores em pânico. Havia cerca de 50 empregados trabalhando nas unidades afetadas (craqueamento e destilação). No momento da explosão, eles estavam jantando no restaurante da empresa.

Nesta sexta-feira (24/08), os petroleiros vão protestar contra a precarização das condições de trabalho e redução do efetivo mínimo. O Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) convocou os trabalhadores para participarem de um ato de atraso na frente da portaria de acesso da empresa, na Rodovia Professor Zeferino Vaz, a partir das 7 horas.

O acidente ocorreu nove meses após a reversão na unidade de craqueamento, que lançou na atmosfera uma novem gigantesca com alto grau de explosividade. Foi outro acidente perigoso e que assustou os petroleiros e a comunidade no entorno da refinaria.

“Os trabalhadores da Replan estão sob ameaça constante, com a falta de segurança e o descaso da atual gestão da Petrobras. Tudo isso é resultado da política de desmonte da empresa, que vem sendo sucateada e transformou a refinaria em uma bomba relógio, na iminência de uma grande tragédia”, declara o diretor do Unificado Gustavo Marsaioli. (Com informações de divulgação)