Nunca na história deste país, o Brasil registrou tantas mortes violentas como em 2017.

No segundo ano do golpe parlamentar de 2016 e já com os reflexos da austeridade fiscal (retirada de recursos da população para concentrar na elite empresarial e judicial), o Brasil contabilizou 63.880 homicídios, um recorde da história. Veja o número de policiais mortos nesses confrontos.

Os dados indicam que foram assassinadas 175 pessoas por dia, registrando elevação de 2,9% em comparação a 2016. A taxa é de 30,8 mortes para cada 100 mil habitantes.

O Rio Grande do Norte (68) registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1).

Os indicadores mostram ainda que os estupros aumentaram 8,4%
, chegando a 60.018. Os casos de feminicídio totalizaram 1.133.

Em 2017 foram registrados 221.238 casos de violência doméstica, uma média de 606 por dia. Também houve crescimento no número de mulheres vítimas de homicídio (6,1%), chegando a 4.539.
Armas de fogo

No ano passado, foram apreendidas 119.484 armas de fogo. Dessas, 94,9% não eram cadastradas no sistema da Polícia Federal (Sinarm). Entre as armas legais apreendidas, 13.782 tinham sido perdidas, extraviadas ou roubadas – o que equivale a 11,5% das armas apreendidas no período.
Desaparecimentos

Os dados fazem parte do 12º Anuário de Segurança Pública divulgado nesta quinta-feira (9), em São Paulo, durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (Carta Campinas e Agência Brasil)