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Nelson Marquezelli que disse que ‘pobre não tem que estudar’ é investigado por organização criminosa

Agentes da Polícia Federal estão, desde as 6h de hoje (5), no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, onde cumprem mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), eleito pela região de Pirassununga (SP).

O deputado ficou famoso após o golpe parlamentar de 2016. Logo após o golpe, o governo Temer iniciou o corte de investimentos na educação, que atingiu também as universidades públicas e os programas dos governos Dilma e Lula para financiar estudos em universidade particular.

Marquezelli disse, na época, que seus filhos vão estudar em universidade porque têm condições de pagar. “Tem que gastar o que tem. O contribuinte brasileiro não aguenta mais pagar (…) Tem de cortar universidade, tem de cortar. O governo vai se preocupar com o ensino fundamental. Quem puder pagar vai ter de pagar. Meus filhos vão pagar”, declarou.

Agora, o parlamentar é um dos investigados por corrupção na terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada nesta quinta-feira para aprofundar as investigações sobre a atuação de uma organização criminosa que concede registros sindicais de forma fraudulenta no Ministério do Trabalho.

O deputado acompanha pessoalmente a operação. À imprensa, afirmou que não tem nada a temer e acha natural o trabalho da PF. Marquezelli acredita que a ação contra ele foi motivada pelo fato de ser relator do projeto que anistia as multas aplicadas às transportadoras durante a greve dos caminhoneiros.

“A informação que a delegada [da PF] deu para nós é que serão investigados todos os deputados do PTB, todos do PDT e do Solidariedade que, nos últimos dez anos, foram os três partidos que tiveram na sua mão a direção do Ministério do Trabalho”

Questionado sobre o envolvimento de um de seus assessores parlamentares , Marquezelli disse que confia no funcionário, com quem trabalha há mais dez anos. (Agência Brasil e Carta Campinas)

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