Cardápio junino

O mês de junho é aquele momento em que acontecem as tradicionais festas juninas. Para lembrar nossas origens, o Sesc Campinas traz nos dias 22, 23 e 24 o projeto “Da Terra que Somos” que prevê uma série de ações buscando o reconhecimento e a empatia do público com elementos da tradição das festas juninas, resgatando riquezas das manifestações populares que fazem parte de nossa constituição social e de nossas memórias afetivas e sensoriais. A diversidade destes festejos é ampla e presente em cada região do nosso país que acolhe e floresce a cultura entendida em várias dimensões. Entre oficinas, vivências, saraus, intervenções, apresentações de teatro e música, o público tem a oportunidade de vivenciar um novo formato dos festejos juninos. As atividades têm entrada gratuita para todos os públicos, com exceção do show de Célia e Celma – Cantando Receitas no domingo (24), que terá ingressos a partir de R$ 5.

“A Feira de Chico, Gonzaga e Jackson “, Cia. Teatro da Investigação

As festas juninas no Brasil têm suas origens ligadas à história de nossa colonização, sendo majoritariamente ibérica e com conotação católica com as celebrações dos santos: Pedro, João Batista, Antônio, Pedro e Paulo. Ainda no século XIX as festas juninas no Brasil recebem a influência da quadrille francesa: dança de salão que se opõe às práticas de dança de “terreiro”.

Além da proposta dos elementos da tradição junina o projeto “Da Terra que Somos” permite refletir sobre nossa ascendência, origem territorial, lastro sociocultural ou mesmo sobre o respeito à familiaridade com a qual nos vemos enredados.

Furdunço no casamento de Marieta, Cia. AnimaLenda

A região Sudeste do Brasil é a região que mais recebeu e ainda recebe imigrantes e migrantes e, com isso, sotaques, vocabulários, crenças e cosmologias diversas se entrecruzam e correm paralelas ou intercalam-se em ruas, praças, clubes, bares, lugares em que a vida produz e se reproduz. Mas, de onde você é? Talvez o pertencimento ao invés da origem possa dar uma resposta mais assertiva, fazendo-nos perceber que nossas origens são a soma e não a redução de nossa identidade. Do barro ao pó, nossa terra nos molda e, para além de nossa origem determinada pela ciência genética, nos encontramos fora de nós, nas expressões da cultura que vivenciamos e compartilhamos.

A programação completa com todas as atividades do projeto “Da Terra que Somos” pode ser vista no Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)