Um texto de Sérgio Rodas, do site Conjur, é mais um capítulo no violento processo de lawfare que o ex-presidente Lula tem sofrido do Estado brasileiro, especialmente do juiz de Curitiba Sérgio Moro. A atitude é típica de Estados autoritários, teocráticos ou fascistas. Que se saiba, não há precedentes de tamanha violência na história dos países com estado de direito.

Segundo a reportagem, após grampear o ramal central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, que defende o ex-presidente Lula na “lava jato”, e ouvir mais de 400 ligações, a força-tarefa da operação montou um organograma apontando as medidas que seriam tomadas pelos advogados de Lula em diversos cenários, revelou nesta sexta-feira (15/6), a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins.

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, declarou que não sabia dos grampos no ramal central do escritório. Mas a operadora de telefonia responsável pela linha havia informado ao juízo que um dos telefones grampeados pertencia ao escritório em duas ocasiões. Ou seja, a operadora revelou que o juiz Sérgio Moro, além de grampear os advogados, teria mentido sobre o tema.

“Após ser repreendido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, Moro prometeu destruir os áudios. Só que isso nunca foi feito, disse Valeska no IX Encontro Brasileiro da Advocacia Criminal, que ocorre no Rio de Janeiro.

“Fomos surpreendidos por uma decisão em que Moro disponibilizou todos os mais de 400 áudios nossos que foram gravados. Chegando lá, havia um ‘organograma da defesa’, desenhando a estratégia dos advogados do Lula. Ele foi baseado em conversas dos integrantes do escritório com outros advogados, como o Nilo Batista. Não há nenhum precedente de uma atitude tão violenta, tão antidemocrática como essa em países democráticos”, contou a defensora de Lula, lembrando que as gravações só foram destruídas há pouco. (Veja texto completo)