.Por Gerson Salvador.

Os últimos reitores da USP (Zago e Vahan) alegaram crise financeira que impossibilita o custeio de suas despesas essenciais e promoveram cortes em diversas áreas, promoveram demissão em massa sem recontratação, fecharam creches e partes dos hospitais universitários.

Os prefeitos de São Paulo (Dória e Bruno Covas) também alegaram crise financeira. A cidade sofre cortes na saúde, os gestores tentaram privatizar até a previdência dos servidores, dizem que há falta de recursos.

Zago e Vahan, pela USP, Dória e Covas, pela prefeitura, estabeleceram uma parceria, captaram recursos com a iniciativa privada para algo essencial: um muro de vidro! [Muro teve custo de R$ 30 milhões]

O muro essencial amanhece rachado todos os dias. O muro invisível provoca acidentes com as aves que morrem ao se chocarem contra sua estrutura. O muro essencial precisa de manutenção diária e provoca danos ambientais. Mas ele é imprescindível!

A Prefeitura de São Paulo visando a melhor conservação do muro essencial bloqueou uma faixa da Marginal Pinheiros, por que o trânsito de São Paulo vai bem. Uma faixa a mais na Marginal é dispensável, o muro não é. Ele é absoluto!

São Paulo não precisa de hospitais, São Paulo não precisa de serviços de saúde, São Paulo não precisa de previdência pros funcionários públicos. Precisa mesmo é de um muro de vidro cercando a USP. A USP não precisa manter laboratórios funcionando, a USP não precisa de cultura e extensão, não precisa oferecer assistência estudantil, a USP não precisa dos hospitais universitários… imprescindível para a reitoria da USP é um muro de vidro na Cidade Universitária.

O muro é indispensável, imprescindível, improrrogável. (Do Facebook de Gerson Salvador)