.Por Eduardo de Paula Barreto.
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Somos os únicos responsáveis
Por nossas constantes escolhas
Se a gente planta bobagem
É natural que bobagem colha
Mas se somos cuidadosos
Ao lançar sementes no solo
E delas cuidamos com esmero
Garantimos as melhores colheitas
Deixando a alma satisfeita
E ainda mais fértil o terreno.
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Às vezes inocentemente
Colhemos frutos de dissabor
Que surgem das más sementes
Que outra pessoa plantou
E como vítimas doutros arbítrios
Perguntamos ao Deus do infinito
Se é justo que as coisas sejam assim
E Ele fala a quem quer escutar:
A vocês cabe saber semear
A mim coube construir o jardim.
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No passado plantamos o presente
No presente plantamos o futuro
Frutos nossos e de outras gentes
Caem sobre nós quando maduros
Como realização ou desafio
Nutrindo os novos plantios
Como o adubo mais perfeito
Desta vida que é cova rasa
Na qual o que plantamos é causa
E o que colhemos é efeito.
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