Jonas e Carmino, secretário de Saúde

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar fizeram busca e apreensão de documentos na prefeitura de Campinas, na manhã desta quinta-feira, 30  de novembro.

Segundo as investigações, a OS (Organização Social Vitale) que é a administradora do hospital municipal Ouro Verde estaria desviando recursos do município e enriquecendo patrimonialmente os diretores. Foram feitas também buscas no Hospital Ouro Verde e na sede da organização social. Segundo o MP, foram 33 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão.

O Hospital Ouro Verde de Campinas tem sofrido greve de médicos e funcionários por má administração, falta de pagamento e falta de insumos e medicamentos.

Em março de 2017, a diretoria do Sindmed (Sindicato dos Médicos de Campinas e Região), presidido por Casemiro Reis, levou ao Ministério Público suspeitas contra a empresa que gerenciava o complexo Ouro Verde.
A Organização Social sem fins lucrativos (OS) Vitale recebe cerca de R$ 10 milhões/mês da prefeitura de Campinas para gerenciar o Complexo Hospitalar. Segundo o sindicato, a OS promoveu um completo desmonte do atendimento na unidade de saúde local, com a total omissão do poder público.
“Desde que assumiu a gestão, a OS promoveu o desabastecimento do hospital. Levou descaso e abandono. Faltam insumos básicos para o dia a dia. De gaze a seringa. Faltam profissionais para atender adequadamente a população da maior região da cidade”, anota o sindicato.

De acordo com o sindicato, a Vitale perseguiu e demitiu médicos com registro em carteira para contratar outros por “PJ”, precarizando o trabalhador e o atendimento, fato questionado pela Justiça do Trabalho após denúncia do Conselho Regional de Medicina em conjunto com o Sindicato dos Médicos.

Durante o ano trocou os uniformes de todos os funcionários, contratando empresa de parente de um dos diretores da OS, mesma prática adotada em relação ao pagamento de consultorias com preços acima de mercado, sempre para parentes de diretores.  (Carta Campinas)