Mônica Bergamo resgatou uma entrevista que coloca em xeque o voto do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, em favor da investigação de quatro juízes que protestaram contra o impeachment de Dilma Rousseff. [Delações já divulgadas mostram que deputados foram comprados para votar pelo impeachment, o que mostra um processo fraudado]

A jornalista mostrou que assim como fizeram os juízes, Noronha também se manifestou sobre o processo contra Dilma. Só que a favor dele, ao alegar que não foi golpe.

Corregedor do Conselhor Nacional de Justiça (CNJ), Noronha “também fez declarações públicas, em 2016, sobre o afastamento da então presidente do cargo. Com uma diferença: eles diziam que o afastamento era ‘golpe’. O magistrado afirmava, em entrevistas, o contrário: ‘Não é golpe de modo algum.'”

A jornalista deixou no ar que Noronha diz uma coisa e faz outra. Ele também “opinou, na época, sobre as manifestações em relação ao governo. ‘Uma [a favor de Dilma] é induzida, organizada. A outra [que pregava o impeachment] é natural.'”

Além de se posicionar a favor do impeachment, o ministro “homenageou o então presidente interino Michel Temer com um jantar em sua casa, em Brasília, que reuniu ministros do STJ, do STF (Supremo Tribunal Federal) e os tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG). (Do GGN)