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‘Tchekhov É Um Cogumelo’ aborda de maneira original universo da peça ‘As Três Irmãs’

Em São Paulo – Está em cartaz no Sesc Consolação até o dia 8 de outubro, o espetáculo ‘Tchekhov É Um Cogumelo’, que apresenta três mulheres fixas em um tempo arruinado, acuadas por um mundo em intensa transformação. Uma experiência teatral que combina ficção, neurociência e memória para abordar de forma original o universo da peça As Três Irmãs de Anton Tchekhov.

“Tchekhov é um Cogumelo” combina múltiplas linguagens para retratar a vida de três mulheres fixas em um tempo arruinado, acuadas por um mundo em transformação. Em cena, Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon, atrizes de gerações distintas, criam um jogo cênico que embaralha os diversos tempos: serão as três irmãs ou a mesma mulher em três momentos da vida? O cantor Roberto Moura e os dançarinos Samuel Kavalerski e Fernando Rocha completam o elenco. Em uma síntese livre da peça original, espécie de “Três Irmãs haicai”, são abordados temas como apatia, caos, medo e desejo de mudança, ecoando as contradições do tempo presente. O espetáculo marca os 10 anos da Cia. Estúdio Lusco-fusco e representa o reencontro em cena de Helena Ignez e Djin, mãe e filha na vida real.

Somado a isso, cenas de uma rara videoentrevista gravada em 1995 com o diretor José Celso Martinez Corrêa sobre o processo de criação de As Três Irmãs no Teatro Oficina em 1972, que envolveu o uso de alucinógenos, são projetadas ao vivo, intensificando o jogo entre os tempos e o olhar sobre a peça. A entrevista foi gravada pelo próprio diretor do espetáculo, na época um jovem estudante de teatro.

“O espetáculo de certa forma é mental, na medida em que sua matéria prima é a memória: a minha memória do encontro com Zé Celso, capturada em uma fita VHS; a memória das três irmãs, embriagadas de lembranças de um passado bom e sonhando com um futuro; a própria memória do Zé, trazendo à luz sua experiência de 1972. O público participa desse jogo dos tempos para, quem sabe, percebermos juntos a urgência e beleza de se viver o único tempo possível, o agora, o hoje, o tempo presente, que é o eterno tempo do teatro”, afirma André Guerreiro Lopes.

Os ingressos variam de R$ 12 a R$ 40 e podem ser adquiridos nas Unidades ou pelo Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Ficha técnica
Direção, Concepção e Adaptação ANDRÉ GUERREIRO LOPES
Texto EXTRATOS DE “AS TRÊS IRMÃS” DE ANTON TCHEKHOV
Elenco DJIN SGANZERLA, HELENA IGNEZ, MICHELE MATALON, ROBERTO MOURA – cantor, SAMUEL KAVALERSKI e FERNANDO ROCHA – dançarinos e ANDRÉ GUERREIRO LOPES
Cenário e Figurinos SIMONE MINA
Direção Musical e Interface Tecnológica GREGORY SLIVAR
Iluminação MARCELO LAZZARATTO
Assistente de Direção e Direção de Cena RAFAEL BICUDO
Projeções ANDRÉ GUERREIRO LOPES
Participação Especial – GRUPO EMBATUCADORES
Preparação de Canto e Músicas Tradicionais ROBERTO MOURA
Consultoria da Relação entre Neurocomputação e Performatividade – GUSTAVO SOL
Produção Executiva MELISSA OLIVEIRA
Direção de Produção DJIN SGANZERLA

ESTÚDIO LUSCO-FUSCO PRODUÇÕES LTDA.
Duração: 80 minutos.
No Teatro Anchieta

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