O governo de esquerda do Uruguai, comandado pela Frente Ampla, está para completar 15 anos de governo com crescimento ininterrupto, desenvolvimento social, liberdade econômica, liberdade individual e baixa criminalidade com a descriminalização da maconha.

Segundo reportagem do El Pais, até os mais críticos ao Governo da Frente Ampla, que depois de 12 anos no poder sofre um desgaste importante, admitem que foi muito sério com a gestão econômica, dirigida por Astori em dois períodos: 2005-2010 e de 2015 até agora. Com José Mujica (2010-2015) foi vice-presidente e está sempre entre os potenciais presidenciáveis para 2020.

O Uruguai viveu como protagonista a década de ouro da esquerda latino-americana, teve um presidente como Mujica que havia sido guerrilheiro, mas nunca abandonou certa ortodoxia econômica, apesar de vários avanços em políticas de esquerda.

Diferente da Fiesp, que apoiou o golpe parlamentar no Brasil, o empresário Carlos Alberto Lecueder, um dos mais influentes do Uruguai, administrador de vários centros comerciais e do World Trade Center de Montevidéu, reconhece que a esquerda “teve políticas econômicas sérias”. E bem diferente do Brasil, diz que o avanço do país se deve ao fato de “ter um Estado de direito sério e uma democracia que funciona bem”, disse ao El Pais.