A política do ‘bandido bom é bandido morto’, que mantém a desigualdade econômica e social, precariza o trabalho e usa a violência máxima para conter a criminalidade já matou 88 policiais somente no Rio de Janeiro este ano de 2017.

Enquanto deputados da bancada da bala ficam no ar-condicionado defendendo que PMs que estão nas ruas se tornem assassinos, as esposas desses policiais se tornam viúvas. A política do ‘bandido bom é bandido morto’ coloca os PMs na zona de guerra e as baixas fazem parte da guerra. Por que esses deputados que ficam no ar-condicionado defendendo a violência policial não pegam em armas e sobem o morro? A resposta é simples: sabem que vão morrer.

O número de policiais mortos neste ano no Rio de Janeiro já supera em 10 o número dos que foram assassinados em 2016. Entre os policiais militares mortos em 2017, 18 estavam em serviço, 53 de folga e 17 já estavam reformados, na reserva.

Desta vez foi a morte do cabo Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, nesta segunda-feira (17). Com morte de Bruno Leonardo subiu para 88 o número de policiais militares mortos no Rio de Janeiro desde o início do ano. Ele foi vítima de uma emboscada, na hora da rendição das equipes de policiais, na Base Avançada do Telégrafo, que faz parte da comunidade da Mnangueira, na zona norte da cidade.

Atingido por um tiro na cabeça, o cabo morreu ao chegar ao Hospital Quinta d’Or, que fica perto da Mangueira. Um policial que estava com Leonardo foi baleado na perna e também levado para o Quinta d’Or. Operado, o policial está em observação, mas fora de perigo. O cabo Bruno Leonardo estava na Polícia Militar há seis anos, era casado e deixa uma filha e um enteado. (Carta Campinas com informações da Agência Brasil)