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Prefeito de SP toma medida racionalmente ‘estúpida’: aumentar acidentes nas marginais

O novo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), tomou no primeiro mês de gestão uma medida que administrativamente e racionalmente pode ser considerada estúpida.

Doria decidiu aumentar a velocidade dos veículos nas marginais do Rio Tietê e colocar ambulâncias para tentar salvar as vítimas de atropelamento que ele mesmo poderá provocar com o aumento da velocidade.

Como tem consciência de que os acidentes vão aumentar, o prefeito de São Paulo anunciou no último dia 10 que 4 das 14 ambulâncias recebidas por meio de convênio com Ministério da Saúde serão utilizadas exclusivamente nas marginais a partir do próximo dia 25, quando os limites de velocidade serão ampliados nessas vias que cortam a capital paulista. Duas ambulâncias ficarão fixas para atendimento na marginal Tietê e outras duas na Pinheiros, 24 horas por dia para atender ao provável aumento de acidentes.

Segundo dados da própria CET (Companhia de Engenharia e Tráfego), empresa municipal que cuida do trânsito em São Paulo, os acidentes com vítimas caíram pela metade (52%) nas marginais após a diminuição das velocidades, promovida pelo prefeito anterior, Fernado Haddad (PT).

Com a redução de velocidade foram 31 mortes de julho de 2015 a junho de 2016, já com a velocidade mais alta foram 64 no mesmo período um ano antes. A maior queda ocorreu justamente em relação aos atropelamentos fatais, que foi de 24 para 12.

A medida tomada pelo prefeito do PSDB, João Dória, deverá provocar mais mortes e acidentes nas marginais. Além disso, será gasto dinheiro público com ambulância e profissionais para amenizar a violência do trânsito que a medida do prefeito provocará.

A Justiça foi acionada por meio de uma ação movida pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), justamente alegando o aumento dos acidentes. Em decisão limintar, o  juiz Luiz Manoel Fonseca Pires da Vara da Fazenda Pública aceitou os argumentos de que a mudança da velocidade provocaria um aumento do número de mortes no trânsito de São Paulo e barrou a decisão de Dória.

 

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