Por Camila Amaral

A discussão sobre educação pública é atual a qualquer tempo, pessoas de diversos âmbitos palpitam sobre a necessidade de melhorar a educação brasileira, principalmente, com o argumento de aumentar o recurso financeiro nessa área.

No sentido de que, quanto mais se gasta em educação, mais qualidade de ensino se enseja. Porém, isso precisa ser pensado com cautela, pois apenas aumentar o volume de recursos, não significa garantia de investimento educacional.

O aumento de recurso público está relacionado ao aumento de poder de comprar em determinada área. São exemplos de gasto em educação, os valores despendidos com, materiais escolares; salários e outros.

Já o investimento público é um gasto realizado para trazer retorno para a população. Investir na educação requer tempo e ações integradas, como, na formação de professores; na infraestrutura; na questão salarial e principalmente na gestão escolar. Pois, se não fiscalizar a gestão do dinheiro público, o gasto efetivado, talvez não se transforme em investimento.

É prudente garantir um mecanismo específico para a gestão desse dinheiro, relatando como será realizado o gasto, quais serão as pessoas responsáveis para fazer fluir a gestão financeira da educação com transparência no orçamento público.

Além de ser fundamental, ter representantes das três esferas públicas (municipal, estadual e federal) e da sociedade civil (indicados por associações de professores e especialistas em educação) para garantir que o gasto em educação pública se transforme em investimento.

Que esses verbos no infinitivo não sejam lidos em vão, pois o discurso de aumentar o gasto em educação não é sinônimo de investimento, este é que promove o ensino público de qualidade que tanto se enseja, e não aquele.