ubes-pr-foto-divulga Já são 172 Universidades de todo o país contra a PEC 55 (antiga PEC 241), em um movimento de ocupações está sendo considerado o maior da história.  Além das universidades, mais de mil escolas também estão ocupadas, o que fez com que o governo se recusasse a fazer o Enem em alguns locais.

Irritado com o grande movimento, o Ministério da Educação ameaça processar as entidades estudantis. Segundo a UNE (União Nacional dos Estudantes) é uma tentativa clara de censurar o direito à livre manifestação dos estudantes de todo o Brasil.

Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), entidades nacionais representativas dos estudantes, repudiraram as declarações do ministro Mendonça Filho (DEM), em que ele afirma que vai acionar a AGU (Advocacia Geral da União) para cobrar das entidades os prejuízos com o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. Leia aqui a nota das entidades estudantis sobre a postura do MEC.

Segundo Carina Vitral, presidente da Une, a mobilização é tão grande e unificada que só teve precedente durante o governo  de FHC, há mais de 15 anos. Esta semana a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram em assembleias com participação recorde de estudantes pela ocupação e luta conta a mudança constitucional que pode acabar com a educação pública. Acompanhe pelo facebook a lista das ocupadas.

“A juventude brasileira, em especial aquela que ascendeu ao direito à universidade, se levanta contra a PEC 55 que tramita no Senado, por entender que ela desmonta com a democratização da universidade e congela o futuro da juventude brasileira nos próximos 20 anos”, avalia Carina.

O movimento também chegou à universidade privada, como a PUC Minas foi ocupada na semana passada em protesto aos efeitos da PEC sobre programas como ProUni, Fies e ajustes de custos que os estudantes acreditam que vão aumentar a mensalidade e diminuir a qualidade do ensino. (Carta Campinas com informações de divulgação)