Em fevereiro de 1964, inicia-se a produção de Cabra Marcado Para Morrer, que contaria a história política do líder da liga camponesa de Sapé (Paraíba), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962. No entanto, com o golpe de 31 de março, as forças militares cercam a locação no engenho da Galiléia e interrompem as filmagens. Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho volta à região e reencontra a viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira – que até então vivia na clandestinidade – e muitos dos outros camponeses que haviam atuado no filme brutalmente interrompido. (Brasil, 1984. Colorido, 119 min).
“Rever CABRA MARCADO PARA MORRER é como reencontrar nossa história. Ao confrontar ficção e documentário, imagem e palavra, memória e história, o diretor Eduardo Coutinho nos deu um dos filmes essenciais para entender o significado de um Golpe nas lutas sociais”, lembra o jornalista, crítico de cinema e um dos curadores das exibições no MIS, Ricardo Pereira.
A exibição é gratuita e seguida de debate. Mais informações no evento no facebook. (Carta Campinas com informações de divulgação)