Fabio Pozzebom AG BrO que era para ser uma grande operação de combate à corrupção no país, a operação Lava Jato já se transformou em uma operação que beneficia a corrupção. Parece um paradoxo, mas é muito simples de entender.

Há já uma certeza absoluta em setores políticos que eles estão com a impunidade garantida enquanto houver a Lava Jato.

Eles sabem que só serão punidos se a corrupção tiver o PT no meio. Veja que até Alexandre de Moraes, o Ministro da Justiça do governo Temer e do PSDB, antecipou uma operação da Lava Jato.

A Lava Jato deixa em ‘banho maria’ todo e qualquer partido político que seja oposição ao PT. Veja o caso de corrupção envolvendo Aécio Neves, Michel Temer, Eduardo Cunha, Henrique Alves, etc etc. Liberdade total e com provas. Isso só para citar alguns que estavam diretamente na alçada da Lava Jato. O poder político da Lava Jato é o ‘banho maria’.

Como a cada dia se vê o viés de Estado de exceção da operação, a corrupção no setor público e político, não ligada ao PT, já se sente livre e impune. Há uma sensação geral de impunidade promovida pela Lava Jato, exceção aos casos ligados ao PT.

A corrupção precisa do Estado de Exceção para ocorrer livremente. Assim acontecem e aconteceram nas ditaduras e em todos os regimes autoritários.

Mas não só isso. A Lava Jato também foi fundamental para o impeachment de Dilma Rousseff, quando foi divulgado pelo juiz Sérgio Moro uma escuta ilegal da presidência da República e por toda a investigação exclusiva sobre o PT.

Após Michel Temer assumir, uma das primeiras ações foi tirar urgência de projetos de combate a corrupção, órgãos de fiscalização foram rebaixados de status como a CGU (Controladoria Geral da União) e várias ações de controle da corrupção foram eliminadas.

Ao final e ao cabo, a Lava Jato está a serviço da corrupção.