agosto

Por Luís Fernando Praga

A gosto da vida sucedem segundas, palavras perdidas, feridas profundas, segredos eternos, pavores, infernos e a vida nos treina em estios e invernos… A gente tropeça, rasteja, peleja, flutua na esfera, almeja e espera pela primavera que o inverno planeja; então se renasce a cada segundo, se aprende, se cresce, se agradece ao mundo, à dor que passou, à cor, às nuances, às segundas feiras, às segundas chances, ao soul e à lua, à noite e ao dia, ao Sol e a poesia que gira a esfera onde a gente flutua. Viver é sentir, é sem ter, é presente; o ter só descora o brilho da gente e a gente é agente, agir é urgente, que o tempo devora o ser que não age, não vive e não sente. Sucesso não para na mão que explora outra alma que chora, sucesso nenhum se constrói no desgosto, sucesso é o oposto. Há gosto na vida, há paz, há saída, sucesso é o tato da mão que convida, é vento no rosto, é brincar na chegada e sofrer na partida, é amar pela vida e começa em agosto.