Segundo a Prefeitura, a previsão é remover 63 mil metros cúbicos de material do local, suficiente para encher 25 mil caminhões durante cerca de seis meses.
Obra impressionante. Para retirar 25 mil caminhões em seis meses, a Prefeitura precisa fazer 138,8 viagens de caminhões cheios de terra e lama por dia, a partir de hoje, sem interrupção em domingos e feriados. Se a obra for interrompida aos domingos, a Prefeitura precisa fiscalizar nada menos do que 160 viagens de caminhões por dia. Ou seja, um carregamento de caminhão a cada 10 minutos por 24 horas seguidas, durante seis meses, inclusive de madrugada.
Para retirar 138,8 caminhões por dia de terra, a obra terá um custo de R$ 5 milhões, sendo R$1 milhão do estado e R$ 4 milhões do município. A Prefeitura de Campinas ficou responsável pelo transporte e descarte dos resíduos, apoio logístico à operação e fiscalização da obra.
Atualmente, a profundidade média da lagoa encontra-se reduzida em dois terços, ou seja, ela possui apenas um terço da sua capacidade de armazenamento de água.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Dimas Paulella, disse que serão tomadas medidas como implantação de caixas de contenção e o calçamento da pista de cooper para evitar que os materiais cheguem até a lagoa.
Para a limpeza do local, será utilizado o método de sucção, semelhante ao feito no rio Tietê, na Capital. O último desassoreamento total da Lagoa do Taquaral aconteceu em 1986. Em 2011, um outro processo foi iniciado mas não foi concluído.
O Parque Portugal, mais conhecido como Lagoa do Taquaral, é um dos mais importantes espaços de lazer da cidade. Com espaços esportivos, recreativos e culturais, recebe uma média de 20 mil visitantes durante a semana, e, aos finais de semana e feriados, cerca de 50 mil pessoas. (Carta Campinas com informações de divulgação)