O autor avalia que a proposta também contribui com o combate à discriminação religiosa, já que os candomblecistas estão entre os mais atingidos com ofensas e agressões. “Agradeço a todos os vereadores; à ARMAC (Associações dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região) e a todas as comunidades tradicionais, que tanto contribuíram com o Projeto. Esperamos que a gente possa celebrar a data já em setembro!”, disse. Para que o Projeto se torne lei ainda é necessário que seja sancionado pelo prefeito e publicado no Diário Oficial do Município.
Sobre o Candomblé
O Candomblé é originário da África, da cidade de Ifé (sudoeste da atual Nigéria), comunidade da etnia Yorubá, também conhecida como Nagô. É uma religião monoteísta, que crê na existência de um único Deus, criador do universo, e deuses menores que regem a natureza e a vida dos homens, os orixás (divindades supremas com personalidades e habilidades distintas). Chegou ao Brasil com os escravizados, no século XVI.
Atualmente, o Candomblé é reconhecido como religião, mas foi muito marginalizado, chegou a ser proibido pela igreja Católica e sua prática foi considerada ato criminoso. Há aproximadamente 40 anos, o Candomblé era tido como religião de negros e mulatos, restrita basicamente aos estados da Bahia e Pernambuco. Hoje, abriga seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos em todo o Brasil.
Segundo pesquisas recentes, cerca de 3 milhões de brasileiros (1,5% da população) declararam o Candomblé como sua religião. As informações estão na Justificativa do PL.(Carta Campinas com informações de divulgação)