Em março do ano passado, o IPCA havia ficado em 1,32%, a maior taxa desde fevereiro de 2003 (1,57%).
Os dados do IPCA, índice utilizado pelo Banco Central para balizar o plano de metas estabelecido pelo governo para a inflação oficial do país, foram divulgados hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado do mês passado, o IPCA fechou o primeiro trimestre do ano com alta acumulada de 2,62%, resultado 1,21 ponto percentual inferior aos 3,83% de igual período de 2015.
“É importante deixar claro que ficou para trás nos cálculos dos doze meses o reajuste decorrente da bandeira tarifária, no caso da energia elétrica, e em consequência também a pressão forte de reajustes anuais extras por conta da energia. Este resultado deixa pra trás, portanto, uma parcela importante que pressionou a inflação em 2015, que foi a energia elétrica”, disse a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
A retração no preço da energia está relacionada à redução na cobrança extra da bandeira tarifária que, a partir de primeiro de março, passou dos R$ 3, da bandeira vermelha, para R$ 1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kilowatts-hora (KW-h) consumidos. “As contas ficaram mais baratas em todas as regiões pesquisadas em razão, também, da redução no valor das alíquotas do PIS/COFINS ocorrida na maioria delas”, conforme o IBGE.
Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram decréscimo, com destaque para transporte com elevação de 0,29%, bem abaixo do resultado do encerramento de março (0,43%). Essa redução na velocidade de aumento deste grupo foi influenciada pelo preço da gasolina (de 0,07% para -0,33%). (Agência Brasil/Carta Campinas)