captura de telaUm texto de cunho machista foi publicado no jornal Correio Popular, insinuando que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa de sexo.

Tentando colocar um ar moderno, diz que pode ser um macho ou até mesmo uma fêmea.

De forma meiga, o título do texto é: “uma pessoa para namorar Dilma”.

O autor do texto cita Sigmund Freud para tentar dar uma ar de embasamento em preconceitos embutidos.

Uma leitora escreveu para o Carta Campinas:

“Gostaria de denunciar uma publicação do jornal Correio Popular no dia 21/03 de cunho machista. Independente de legendas partidárias, o ingresso da mulher no campo político ainda é tímido e muitas vezes visto socialmente como arbitrário. Isso dificulta muito assegurar e legitimar o direito e respeito com  mulheres que ingressam no ramo politico. As que fazem, imprimem uma luta solitária contra forças que sempre buscam reforçar posicionamentos contra a mulher no mesmo campo. A mulher sempre é estereotipada  massivamente pela mídia, a mesma usa nosso corpo e contribui pra construção deste papel mínimo da mulher e isso não é nada colaborativo conosco. Avançamos muito neste quesito, porém ainda temos uma longa jornada pela frente e contamos com nossas próprias forças para ganhar a batalha”, disse Iara Maria.

E continuou: “A publicação do correio popular – extremamente infeliz- reforça este pensamento machista que ainda está arraigado na nossa imprensa brasileira . É lamentável ver uma Representante de Estado ser resumida a uma mulher que lhe falta um marido. Trechos que induzem atos sexuais de uma presidenta é inadmissível”:

Veja as pérolas do texto:

“Seria mais fácil se Dilma começasse um namoro. Uma pessoa com quem compartilhasse a cama, que acariciasse o seu corpo, motivasse seu espírito, que lhe sussurrasse a verdade do estrago em que vive o Brasil. Desse modo, mobilizaria a sua alma feminina e ela passaria a sentir os brasileiros ao invés de os enfrentar.”

Ela precisa sair “um pouco desse escafandro de guerrilheira e autoridade obstinada”.

“Dilma deve pensar e agir mais como mulher, mãe e avó.”

“Está na hora da nossa mulher mais importante fazer algo nobre, afetuoso e dignificante: sair do governo”.

“Alguns insinuam que ela só namoraria uma mulher” (link)