15807815204_ee2432ff82_zO foro por prerrogativa de função, conhecido como ‘foro privilegiado’,  sempre foi defendido como uma forma de políticos em cargo eletivo ou ministros não serem perseguidos e atacados por juízes de primeira instância.

Imagina um juiz de primeira instância, que participa de eventos de um partido político, abrindo ações contra um senador, um presidente da República ou um ministro de outro partido por motivações partidárias escondidas sob o manto da Justiça. Imagina um juiz de primeira instância grampeando, vasculhando tudo em busca de provas, abordando coercitivamente um senador, o presidente da República etc.

Isso poderia ser problemático. E por isso alguns defendem a necessidade desse foro.

Para a população, no entanto, o ‘foro privilegiado’ sempre foi mesmo um privilégio de políticos, uma forma de escapar da Justiça.

Nenhum político que defende o impeachment  de Dilma Rousseff, no entanto, mexeu uma palha contra o ‘foro privilegiado’. Todos  são totalmente a favor.

Mas foi só o ex-presidente Lula virar ministro para que os defensores do ‘foro privilegiado’ assumirem que o foro é na verdade uma forma de fugir da Justiça.

Veja que eles não defendem o fim do ‘foro privilegiado’, mas que Lula não tenha ‘foro privilegiado’.

Na verdade, o que se percebe hoje no Brasil é que muitos que defendem o impeachment, se não for a maioria, querem o monopólio do foro privilegiado e o monopólio da corrupção.

Afinal, por que não acabar com o foro privilegiado para todo os políticos?