De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Heritage Foundation, de 2014 e 2015, a carga tributária média mensal brasileira é a quinta mais baixa entre as 20 maiores economias do mundo e está longe de figurar como a mais elevada do planeta.
“Quando a gente avalia, na comparação com outros países, vemos que os cerca de 36% de carga tributária [em relação ao PIB] do Brasil está na média dos outros lugares. O problema é que temos aqui uma situação de injustiça fiscal que penaliza os pobres e a classe média”, diz Grazielle Custódio David, especialista em Orçamento Público e assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).
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Segundo ela, essa situação de desigualdade acontece basicamente por duas razões. Primeiro, porque grande parte da estrutura tributária do país está baseada em impostos indiretos, ou seja, que incidem sobre o consumo de bens e serviços e não sobre a renda e a propriedade.
“O problema de ter uma grande taxação de consumo é que, proporcionalmente, quem acaba pagando mais são os mais pobres. Por exemplo, se vai comprar arroz no supermercado, um pobre paga o mesmo imposto que um rico. Mas, quando a gente relaciona com o salário que aquela pessoa recebe, a proporção que o pobre paga é muito maior que a da pessoa rica. Isso configura uma situação de injustiça fiscal”, aponta Grazielle.
Carga pesada para quem?
O outro entrave à justiça fiscal, diz Grazielle, está relacionado à forma de tributar a renda no país. “A gente tem uma situação em que a classe média, a faixa que recebe entre 20 e 40 salários mínimos, é a que paga mais imposto de renda hoje no Brasil. Já quem recebe, por exemplo, acima de 70 salários mínimos, praticamente não paga imposto”, compara.
No país, hoje, as rendas do trabalho são submetidas à cobrança de imposto de acordo com uma tabela progressiva com quatro tipos de alíquotas (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%). Já nas rendas do capital o leão dá apenas uma mordiscadinha, uma vez que as rendas decorrentes da distribuição de lucros e dividendos são isentas de Imposto de Renda. E outras, como ganhos financeiros ou de capital, estão sujeitas a alíquotas exclusivas, inferiores àquelas cobradas sobre a renda do trabalho.
“Se a gente compara um assalariado que paga na alíquota máxima de 27% com alguém que recebe mais do que o limite do imposto de renda, há uma situação terrível. Porque a maioria deles [os mais ricos] recebe por lucros e dividendos e, quando a gente avalia quanto eles pagam em imposto de renda, normalmente chega em 6%. Olha a situação: um grupo, que é a classe média, paga 27,5% de IR. E quem ganha muito mais que este grupo paga muitas vezes só 6%, porque existe a isenção de cobrança do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos”, lamenta Grazielle.
Segundo dados da Receita Federal, em 2014, um grupo com cerca de 71 mil brasileiros ganhou quase R$ 200 bilhões sem pagar nada de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Foram recursos recebidos, em sua maioria, como lucros e dividendos.
Essa isenção da tributação sobre lucros e dividendos foi instituída no país em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Entre todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só o Brasil e a Estônia têm essa isenção. É uma vergonha, um vexame que o Brasil tenha aprovado uma lei como esta, que acaba punindo muitos de seus cidadãos, e beneficiando muito poucos”, critica Grazielle.
Os pesquisadores Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estimam que o governo poderia arrecadar mais de R$ 43 bilhões ao ano com a cobrança de imposto de 15% sobre lucros e dividendos recebidos por donos e acionistas de empresas.
Em um momento de ajuste fiscal, no qual o governo faz malabarismos para cortar gastos e aumentar a arrecadação, o valor seria mais que bem-vindo.
As manipulações da Fiesp
Os ricos brasileiros não têm mesmo do que se queixar. De acordo com Grazielle, o Brasil tem ainda um dos mais baixos impostos sobre patrimônio. “Hoje, no Brasil, a arrecadação com impostos sobre patrimônio está na faixa de 3%. A média mundial é entre 8 e 12%”, informa, apontando a falácia no argumento de quem cita a carga tributária como abusiva.
A assessora do Inesc criticou o discurso de combate aos tributos, que interessa, especialmente, aos super-ricos, sobre quem menos pesam os impostos. Ela aponta a Fiesp como grande representante desse grupo – em grande parte possuidor de empresas e recebedor de lucros e dividendos não tributados.
Para ela, a entidade mente e manipula informações, de forma a conseguir a adesão da população para suas campanhas pela redução da carga tributária. Ao propalarem desinformação, as iniciativas terminam conseguindo apoio entre as classes baixa e média, que de fato sentem no bolso o preço dos impostos.
“A Fiesp, através de sua atuação, inclusive de lobby com o Legislativo, grandes campanhas e articulação, representando os interesses dos super-ricos, tem formulado um discurso fácil de ser assimilado, porque as pessoas percebem uma carga pesada para elas e acatam esse discurso. Mas o problema é que eles [da Fiesp] contam uma mentira, ou uma verdade incompleta. Manipulam as informações, e o pobre e a classe média acabam sentindo, sim, o peso, porque todo o peso da carga tributária está sobre eles. Enquanto isso, os ricos praticamente não pagam imposto. É um discurso forjado, manipulador, para enganar a população”, acusa.
Para que serve o imposto
De acordo com Grazielle, a maior consequência deste tipo de campanha é que, ao insistir que a carga tributária é alta, distancia as pessoas de uma compreensão real sobre a importância dos impostos.
“A gente vai então ignorando o que determina uma carga tributária, que são as demandas sociais”, ressalta. Segundo ela, cria-se um quadro de contradição, em que as pessoas pleiteiam melhores serviços públicos, mas combatem a forma que o Estado tem de promovê-los.
“É isso que leva as pessoas para as ruas. É saúde, educação, segurança, promoção de direitos fundamentais, direitos humanos. E são essas demandas e necessidades sociais que vão determinar qual é a carga que um país tem que ter de tributos para garantir esse tipo de assistência à sua população. Se a gente quer que essas demandas sejam atendidas, os impostos são necessários. Agora, a forma como esse imposto vai ser cobrado da sociedade, aí é que entra a questão da justiça fiscal, que precisa melhorar no país”, diz.
Ela avalia que o debate sobre a importância dos tributos não interessa à parcela mais rica da população – a mesma que faz críticas ao tamanho do Estado. “Esses super-ricos não têm muito interesse de que essas demandas sociais sejam atendidas para o coletivo, porque muitos deles, por exemplo, recorrem a um plano de saúde, a uma escola privada, muitos contratam segurança privada, e esquecem que a maioria da população não tem como recorrer a isso e necessita que o Estado garanta.”
Para ela, mais que um debate sobre ter mais ou menos impostos, é preciso redistribuir a carga já existente.
“Isso pode ser feito com a diminuição de impostos indiretos e com redistribuição do imposto de renda. A gente pode, por exemplo, criar mais faixas, com diferentes alíquotas, diminuindo a incidência do Imposto de Renda até os 40 salários mínimos, e aumentando a partir daí, desde que se revogue a lei que isenta de taxação os lucros e dividendos. Além disso, a gente pode trabalhar muito na questão dos impostos sobre patrimônio”, sugere.
A especialista em Orçamento Público defende que, com esta série de medidas, é possível aumentar a arrecadação – e, consequentemente, o orçamento público –, diminuir o peso da carga tributária sobre os mais pobres e a classe média e, ainda, atender melhor às demandas sociais e promover políticas públicas com melhor financiamento, o que acabaria por gerar melhor qualidade nos serviços.
Grandes fortunas
Outra medida que vem sendo discutida como forma de aumentar a justiça fiscal no país é a implantação do imposto sobre grandes fortunas, que está previsto na Constituição, mas precisa ser regulamentado. Grazielle, contudo, avalia que a medida enfrenta dificuldades para avançar.
“Uma grande resistência a esse tipo de taxação é de quem diz que vai haver fuga de capitais do país. Outra questão é que, quando se fala em imposto, significa que a União não pode compartilhar. Então existe uma resistência de estados e municípios para avançar nisso, se for em formato de imposto. Se fosse, por exemplo, no formato de uma taxa, ou outro formato de cobrança, talvez tivesse mais apoio de governadores e prefeitos”, avalia.
Segundo ela, nesse sentido, a adesão dos estados e municípios é maior à proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Como a CPMF é uma contribuição, ela pode ser compartilhada. Talvez por isso, o debate sobre a taxação de grandes fortunas perca um pouco de força”, explica.
Cobrar de quem não paga
Segundo ela, por causa da resistência que foi forjada na sociedade em relação a novos tributos, talvez seja melhor o governo trabalhar com as possibilidades que já existem, eliminando desonerações e aumentando a fiscalização e cobrança, de forma a recuperar recursos que estão na Dívida Ativa da União ou foram sonegados.
“Hoje as renúncias tributárias são altíssimas no Brasil, concedidas ao setor privado, sem que haja um controle adequado de qual retorno existe. Você desonera uma grande empresa, falando que ela vai garantir mais empregos, que vai melhorar a economia, mas não tem depois nenhum estudo que avalie se isso de fato aconteceu”, condena.
Ela lembra que a Dívida Ativa da União ultrapassa hoje R$ 1 trilhão. “Porque não investir na capacidade de fiscalização e cobrança dessas dívidas?”, questiona, acrescentando que outros R$ 500 bilhões anualmente se perdem na sonegação.
Grazielle cita ainda manobras feitas por grandes empresas, com o objetivo de pagar menos impostos. “A gente fez um estudo com a Vale, no qual foi possível observar a série de planejamentos tributários que eles fazem. Vendem, por exemplo, minério a preço muito abaixo do valor de mercado para países que são paraísos fiscais. Lá eles revendem e redistribuem para outros países, já com preço de mercado. Quando o minério sai daqui com preços baixos, eles já estão pagando menos impostos.
Chega no paraíso fiscal, não vão pagar imposto também. E, como vendem de lá com valor normal, então ganharam de novo. São manobras que tentam ficar dentro da lei, mas que acabam por sonegar, porque deixam de pagar os impostos devidos”, explicou.
De acordo com ela, de certa forma, há certos estímulos à sonegação no Brasil. “Sou uma empresa, tenho que pagar Cofins, por exemplo, e não pago. Pego esse dinheiro e invisto [no mercado financeiro]. O dinheiro fica rendendo juros. Depois de um tempo, vou para a Dívida Ativa, espero vir o Refis [programa de refinanciamento fiscal], aí negocio a dívida para pagar um valor ainda mais baixo do que eu devia. Quer dizer, ganho duas vezes, com os juros e pagando menos imposto”, exemplifica.
Além disso, a certeza da impunidade é algo que não ajuda a coibir os crimes fiscais, afirma. “No Brasil, pela lei, se depois você paga o que deve, o crime tributário deixa de existir. Não existe punição. Em outros países não existe essa revogação. Se a pessoa fez, além de ter que pagar o valor, muitas vezes com correção, ela ainda pode ser punida penalmente. A certeza da impunidade, a coisa do Zé Malandro, é que reforça a sonegação”, ressalta, defendendo que é preciso fortalecer as instâncias governamentais de fiscalização, controle e cobrança.
“A gente fica falando que em 2015 fizemos um orçamento deficitário de R$ 30 bi. Mas espera aí! A gente tem uma sonegação de R$ 500 bi, mais uma desoneração tributária de mais R$ 500 bi, mais uma dívida ativa de quase R$ 1,5 trilhão. Será que a gente tem um orçamento negativo de fato como nação ou poucas pessoas estão, aí, ficando com nosso dinheiro, deixando de pagar o que devem, e a gente sofrendo as consequências, sofrendo um ajuste fiscal?”, indaga.
Que reforma queremos?
Atualmente funciona no Legislativo uma Comissão Especial da Reforma Tributária, tema que deve estar muito em pauta este ano. Contaminado pelas meias verdades difundidas pela Fiesp, o debate deve refletir o cabo de guerra entre os interesses de super-ricos e trabalhadores, observa Grazielle.
“Se existe intenção de fazer a reforma tributária andar? Existe interesse dos dois lados, inclusive”, opina. De acordo com ela, um grupo dentro da Câmara, que tem entre seus integrantes o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), tem a intenção de fazer uma reforma que promova redução da carga tributária. Enquanto isso, do outro lado, setores progressistas defendem a justiça fiscal.
“Há pressão dos dois lados para que a reforma tributária aconteça. Acho que esse é um ano em que se vai discutir muito isso. Agora, por qual desses dois caminhos nós vamos acabar trilhando é a grande incógnita. Nossa defesa é que seja o caminho de uma reforma tributária com justiça fiscal”, encerra. (Joana Rozowykwiat do Vermelho via Inesc)
Estónia tem IR sobre os dividendos. O que eles não têm é o imposto sobre o lucro das empresas, de modo que o lucro pode ser reinvestido livre de impostos, até que o dinheiro permanece na empresa.
O importante não é a alíquota de imposto que se paga, e sim o RETORNO para a população em INFRAESTRUTURA:: Saude, Educação, estradas e outros. Nos países de 1o mundo os imposto são altos, mais a população tem retorno na infraestrutura….aqui o retorno é ROUBO..DESVIOS..
Isso é péssimo para o pais, essa informação esta errada, os desvios para a corrupção, estão estimados em no máximo dois bilhões, e a arrecadação passa de um trilhão, falar isso é um estimulo a sonegação, pois as pessoas pensam que tudo é desviado, é importante fazer pesquisa no Google antes de emitir opinião.
Excelente reportagem. Parabéns!!! Os brasileiros precisam saber dessas informações. Informações de qualidade que a grande mídia se recusa a divulgar. Essa mídia golpista e manipuladora. Que contribui para o não desenvolvimento do nosso país, que compactua com a injustiça social (…) Enfim, ainda tenho esperanças com essas novas opções que a internet nos proporciona.
Preste atenção, toda a receita das empresas é tributada; o faturamento menos as despesas operacionais são, distribuídos ou reinvestidos. Se os dividendos forem tributados, será uma bi-tributação. Observe que o custo operacional das empresas é tributado quando a receita é adquirida, ou seja, a receita usada para o pagamentos dos salários é tributada.
Não se trata do mesmo fato gerador, jovem…
Errado. Os fatos geradores são distintos. Semelhante ao que ocorre com um produto que paga ICMS e IPI e IPVA e….Não tributar os dividendos é mais uma forma da “elite” tripudiar sobre a massa trabalhadora.
Compare a situação tributária e de igualdade nos páise nórdicos com o nosso! Outro mundo é possível, basta recomeçar o país, sem a Globo, com outro Congressop e …FORA TEMER e GOLPISTAS-FASCISTAS!
fora temer??? foi o PT quem disse que ele é um ótimo político, ou não? então porque o escolheram como vice??? fora TODOS OS CORRUPTOS!
O Temer foi um ALIEN grudado na boca da Ripley/Dilma!
Olá Márcia, concordo com vc que todos os corruptos sejam presos ou colocados fora… mas cabe ressaltar, que isso deva ser feito sem escolha de partido, indiscriminadamente. Cabe aqui uma pergunta: qual a razão pela qual os corruptos dos partidos de direita não são incomodados? Aguardo resposta!
Quanto ao vice interino e golpista, é bom que vc saiba… elle não foi escolhido pela Dilma, como dizem pela aí! Elle foi indicado pelo seu próprio partido o PMDB, afinal estava coligado com o PT. Ora, se estava coligado, sabia do Programa de Governo do PT… Olha vice, este é o nosso programa de governo, tá bom pra vc? Tá! Então assina aqui embaixo. Sr. vice, esta é a Constituição da República Federativa do Brasil, o sr. concorda com ela? Sim! Legal, assina aqui embaixo!
Muito bem, o safado conspirou, escreveu cartinha e elle mesmo vazou pra imprensa, puxou o tapete, não honrou a CF, fez o capeta… Quer o quê Márcia? É traidor , golpista, safado, corno…SIM!
Se foi o PT, por que quem gritou Fora Dilma não está gritando Fora Temer?
Concorfo em grau , numeron e genero
Enquanto isso o SKAF FAZ 171 NA TV PRA ENGANAR O TROUXA da classe média…
Eu tenho 68 ano já foi dentro do contesto uma micro empresário de 1996 até 2014 enfelizmente fechei por exesso de impostos .Nao só nenhuma exper. mas pelos anos de experiência os empostos sempre estão em debate e questionados,enjustos entre o pequeno e o grande sim .Mas para mim o maior problema e a falta de confiança nos administrador desses impostos .Que cobrando mais ou meno nunca reverte em benefícios tanto para a classe média como o pobre .Nos não somos manipulado vivemos os fatos ,não pesquisa.
Ok. concordo que as pessoas que mais ganham devem pagar mais impostos e não o contrário, mas temos que reparar que as empresas já pagam impostos sobre o lucro. Acho mais correto o imposto sobre grandes fortunas e uma nova tabela do IR, faria com que os grandes pagassem mais impostos e não afetaria o mercado de capitais nem a economia.
acho errado, sou leigo nesses assuntos, posso estar equivocado também, porém penso que, uma pessoa (Silvio Santos por exemplo) que era pobre e passou a ser uma pessoa rica não deve ser taxada, pois o mesmo adquiriu toda sua fortuna com frutos de seu trabalho e esforço.
Quanta besteira! O trabalhador trabalha pra caramba e é quem mais paga imposto! Se ele trabalhou, não importa, todos trabalham. Quem tem mais paga mais. Ponto!!!
Discordo. O canal de TV é público. É meramente operado pelo particular no regime de concessão por um período renovável caso cumpra as condições constitucionais e legais. Todas as emissoras privadas não as cumprem, particularmente o dever de comunicação pública e educação. Portanto Silvio Santos e outros que se enriqueceram, usando um patrimônio público, ainda que concedido, envenenando as pessoas mais carentes em vez de educá-las para a cidadania não têm nenhum mérito. Independente deste fato lamentável, que maluquice é esta de uns pagarem tributos porque “adquiriram toda a sua fortuna com frutos de seu trabalho”? Pagar tributo é obrigação de todo o cidadão, e é o preço que se paga pela cidadania! Se o adquiriu foi com frutos do trabalho de todos seus colaboradores, etc. Se não o fosse deveria é estar na cadeia.
Corrigindo, por ser na maioria das vezes o consumidor final de bens e serviços, o trabalhador é o único que paga imposto. Os demais são meros repassadores pro governo. Pegam “sua parte” e repassam o imposto pro governo.
Só o trabalho paga imposto, os outros são beneficiado pela acumulação da riqueza socialmente produzida. Exp.: uma fábrica de cimento apenas recolhe o imposto, pois em seguida ela o agrega no preço do produto e quem paga é o consumidor ou seja, o trabalhador de novo.
…recolhe? No mais das vezes sonega já que é o paradigma do crime que compensa aqui em Bruzundangas!
certo. ai ele passa tudo pras filhas que nunca trabalharam e não tem nenhum mérito em herdar tudo….(imposto sobre grandes fortunas e grandes heranças já)
Meu pai trabalhou a vida inteira, trabalhou muito, acho que não deveria ser taxado.
kkkk…eu também. Agora se quem trabalha a vida inteira não paga imposto, quem enriquece, não paga também, que vai pagar? O pobre, o vagabundo, que não tem bens? O brasileiro atual é analfabeto funcional, inconsciente da cidadania, alienado politicamente e ainda por cima não possui um mínimo de raciocínio lógico.
Criamos uma geração de imbecis, debiloides, orgulhosos de sua própria ignorância. Penso que este foi o resultado de uma estratégia planejada para o povo nascer, viver e morrer imerso nas trevas da ignorância.
Jura? Vc jura que elle, o Sílvio Santos, ficou rico com esforço do seu trabalho? Não roubou nadica de nada? INOCENTE!
Você diz que as empresas já pagam impostos sobre o lucro, porém, a reportagem diz ao contrário. Fala que o FHC criou uma lei para que as empresas não paguem impostos sobre os lucros e dividendos.
Seu argumento vai contra a reportagem, e você nem utilizou contra-argumento. Sendo assim, parece que não entendeu, ou deixou de ler grande parte da reportagem, e também parece que não entende do que está falando.
Se realmente possui conhecimento, melhore seus argumentos. Pois o que você disse, via contra tudo que o site falou.
Esse tipo comentário precisa de identificação total do autor, com nome completo e link com página pessoal com fotos.
(…) E, já agora, uma certidão de óbito assinada pelo próprio… não é, Sr. Inquisidor da Ditadura Militar?
OK. Você prefere acreditar em um Blog ou na Receita Federal (Aquela que COBRA o Imposto de Renda…)?
“São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 / mês.
Alíquotas do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas Tributadas pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado
As alíquotas do imposto de renda em vigor desde o ano-calendário 1996 são as seguintes:
a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto;
b) 6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionário acumulado até 31 de dezembro de 1987, das empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações, das empresas de saneamento básico e das empresas que exploram a atividade de transporte coletivo de passageiros, concedida ou autorizada pelo poder público e com tarifa por ele fixada, realizado no período de apuração (trimestral ou anual) do imposto;”
http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRPJ
Errado. Fatos geradores distintos. Da mesma forma que um produto é tributado pelo ICMS e IPI…
Muito boa reportagem !
A tributação sobre os lucros distribuídos (que incluem dividendos) poderia ser aumentada, mas, nesse caso, o imposto de renda das pessoas jurídicas que pagam esses mesmos dividendos deveria ser reduzido, como acontece em outros países. A carga do imposto de renda (e da contribuição social sobre o lucro) foi colocada, na época do FHC, em cima da pessoa jurídica, para ser mais fácil do governo controlar e cobrar os tributos, até mesmo para receber o dinheiro antes desses dividendos serem distribuídos. As pessoas que criticam o sistema vigente, provavelmente, não tem informações técnicas suficientes a respeito do tema e, por isso, é compreensível a confusão que fazem a respeito.
Baboseira desfundamentada. Quem mais paga imposto neste paiseco, mais uma vez de volta à República Bananeira que sempre foi desde 1500, com um breve interregno de 13 anos, são os pobres através dos impostos indiretos (icms, ipi, ETC) QUE REPRESENTAM PARCELA CONSIDERÁVEL DE SEUS SALÁRIOS. E pasme, até desempregado os paga, quando compra um pão para sobreviver.
Inacreditável pobre (de direita) defendendo aqueles que os exploram! Síndrome de Estocolmo, lavagem cerebral global, esperança de um dia enriquecer-se, mesmo roubando, como a oligarquia que suga o seu tutano há séculos?
Muito importantes as elucidações da matéria.
Essas reflexões ganharam impulso com a publicação dos estudos de Piketty, em seu livro de 2014, e com a liberação de dados do Impostos de Renda pela Receita Federal do Brasil, em 2015.
Reforma tributária igualitária é tema da ordem do dia, parabéns à cartacampinhas.
Como pretendem fomentar reflexões, valeria consultar também outros profissionais, com farto material bibliográfico já produzido, para contribuir com os debates. Vale registrar que uma boa parte das ideias aqui articuladas já vêm sendo discutidas e publicadas no campo jurídico, por profissionais de peso como Ricardo Lodi, Ricardo Lobo Torres. Há inclusive na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ programa de pós-graduação de Direito Tributário (mestrado e doutorado), que investiga há anos tais ideias e suas premissas.
Parabéns à autora por ter exposto suas reflexões de maneira corajosa, com clareza e de maneira contundente.
A carga tributária é muito alta no mundo todo. E no Brasil, mais ainda, considerando os serviços prestados. Qto mais dinheiro para o Estado, mais ineficiência nos serviços, menos liberdade econômica, mais conchavos e captura do Governo pelos lobbies das grandes empresas.
Sugiro a anarquia. Afinal, não adianta aparar os galhos de uma árvore cujo o mal se encontra na raiz.
O nome desses super-ricos, se chamam partidos políticos.
(…) E seus patrocinadores/beneficiários.
…ou seja, empresários, aqueles que o neoliberalismo santificou, sendo que o último foi a Santa Oi, salva da falência por uma lei e por um judiciário que protege, mesmo na má gestão, as pessoas jurídicas de forma diametralmente oposta ao que faz com pessoas físicas.
Pessoas jurídicas, originalmente criadas para proteger as pessoas físicas das sociedades ocultas, transformaram-se em juggernauts, tendo no mais das vezes, mais direitos que nós mortais. Taí o resultado: somos, no mundo todo, em maior ou menor grau, reféns desses mega conglomerados comerciais e financeiros que pautam nossa vida do berço até depois da morte.
O Brasil tem a carga tributária mais elevada entre os países em desenvolvimento. Nos últimos 20 anos a carga tributária aumentou aproximadamente 16% do PIB. Os impostos são cobrados de maneira desigual e realmente os mais ricos pagam menos impostos comparativamente com a classe média e os mais pobres. Como consertar isso? Basta cobrar mais dos mais ricos? Claro que não. O que é necessário fazer então? Rever todo o sistema tributário brasileiro. Dá trabalho e leva muito tempo. Nos últimos 13 anos do governo do PT jamais esse problema foi levado a sério.
E nos 500 anos anteriores foi? Não se trata de PT, PSDB, PMDB, ou quem quer que seja, os políticos estão sempre a serviço dos ricos.
Nem nos 500 anos, antes do governo do PT.
Os outros governos levaram a sério, não é Oscar?! Esse discurso de colocar o problema num grupo, num partido, numa pessoa é que nos faz acreditar que basta um impeachment ou aguardar as próximas eleições para resolver o problema. O problema é muito mais complexo, exige “reflexão”, empenho por parte da população e acima de tudo união. Nossos parlamentares são patrocinados pelos ricos, os mesmos que ditam o que deve ser legislado ou não. Isso está claro no texto. São necessários várias outras reformas para que a tributária possa ser feita de forma justa.
Reforma pelos mesmos do Prostíbulo Nacional? Sé mesmo uma revolução popular. E cadê o povo unido, engajado, consciente?
Governo do PT, vírgula. Ou ignoras que O PT governou com uma coalizão esdrúxula de tudo que tinha de pior na política brasileira (PMDB, etc) sem os quais teria sido defenestrado por um golpe logo nos primeiros meses de governo e que, estes sim, é que criaram,há décadas, o emaranhado de impostos em que se vive hoje e detêm a responsabilidade de nada fazerem, juntamente com a “oposição” para mudar o contexto. Em verdade a quem beneficia mudar o que está aí? Certamente não são os mesmos de sempre eleitos e re-eleitos por um povo alienado.
Seria interessante alguém finalmente ser direto e dizer COMO os mais pobres e classe média sustentam os mais ricos. Através de impostos e os mais ricos desviam? (Tipo os políticos)
Ou, através de juros altíssimos que o governo aumenta para controlar a inflação, assim, da dó livros abusivos para os bancos?
Ou, um sujeito dá palestras e os pobres e classe média pagam fortunas para ele arrecadar mais de 27 milhões de reais com as palestras?
Por favor, alguém explique? Pois a matéria faz parecer que fica um sujeito com um chicote, “expropriando” os pobres e classe média?
Alguém me explica?
1) Pobres financiam os ricos através dos impostos indiretos mais volumosos do mundo civilizado, dos juros “altíssimos”, e uma estrutura tributária que transfere dos pobres para os ricos e outros mecanismos perversos próprios do capitalismo;
2) Juros “altíssimos servem aos ricos rentistas, pois é assim que o governo paga a dívida pública “altíssima” aos credores (cada vez mais ricos);
3) Pobre não vai à palestra, menos ainda paga por elas, no máximo vota na direita que o oprime;
4) O “chicote” dói muito mais, pois é o chicote financeiro-econômico, aumentando a mais valia apropriada pelos ricos ilimitadamente;
5) Para ter uma explicação científica do que ocorre em nosso admirável mundo novo, ler, entender e refletir sobre um trabalho já centenário e inédito, O Capital, de K. Marx;
Infelizmente não sei desenhar, caso não entendas estas simples explanações. Neste caso, não tens jeito!
Ainda bem que estas “ideias” já não encontram eco!
A comparação da carga tributária deve levar em conta a renda per capita e o estágio de desenvolvimento do país. Entre os Brics, o Brasil é o campeão absoluto em carga tributária: Rússia, 23%; Índia, 13%; China, 20% e África do Sul, 18%; Brasil 36,5.
A taxação de dividendos é uma bobagem, pois eles já sâo taxados no lucro das empresas que os distribuem. Se quiser arrecadar mais, basta aumentar o IR sobre o lucro das empresas. Isso já é feito nos impostos indiretos: “isenta-se” o posto de gasolina, porque o ICMS já foi cobrado na refinaria.
Imposto sobre grandes fortunas é confisco! O que o detentor de grandes fortunas tem que fazer para continuar a ter uma grande fortuna? Resposta: aplicar sua fortuna em alguma atividade econômica. Quem garante que o privado não fará uma aplicação destes recursos socialmente mais eficiente do que o governo?
Peraí, deixa ver se entendi. Os super-ricos, que não se ferram com os impostos, estão tentando convencer os pobres (que se ferram com os impostos) de que eles, os pobres, são os que realmente se ferram com os impostos, e os pobres acreditam pois sentem na pele o quanto se ferram com os impostos, mas isso na verdade é uma mentira. Ok.
Agora eu entendi porque FHC é tao amado pelos grandes no Brasil. inclusive a imprensa.
Acho que deve estar havendo um engano em dizer q a taxa no Brasil é a quinta mais baixa. Aonde? Aqui ao invés do governo trabalhar para solucionar os problemas, aumenta-se imposto. O governo gasta a todo e aumenta imposto. Rouba descaradamente e aumenta imposto. É a administração da incompetência. Os pobres não pagam imposto e qdo começam a pagar não são mais pobres. A classe média, esta sim paga. E por ser a maioria a arrecadação é maior q a dos ricos. Lamentável como sempre traduzirem dados a favor dos pobres. Por isso que sempre seremos um país de quinto mundo.
Olá. A autoria dessa matéria é de Joana Rozowykwiat e ela foi publicada originalmente pelo Portal Vermelho. O Inesc apenas a reproduziu. Grata: http://www.vermelho.org.br/noticia/275702-2
E…? O velho truque de ao ser incapaz de rebater o conteúdo desqualifica-se o interlocutor. Vai ler a Veja e os boletins da Fiesp então.
Grato
Longe de eu defender os mais ricos, mas penso que isso deve ser por motivos estratégicos.
– Primeiro porquê os mais ricos não precisam ser sustentados, eles já tem as fontes de renda que os enriqueceram, e nesse país que tem um governo inimigo do empresariado, se tornar rico deveria ser motivo de celebração inclusive pelos mais pobres, claro que quando falo em “ricos”, estou me referindo a empreendedores e não a parasitas como os políticos, seus filhos, afiliados e outros que enriqueceram ilicitamente.
– Segundo que ao taxarem menos a quem tem mais, eles se aproveitam de uma falha da natureza humana, que nos faz levantar e gritar que o outro está pagando menos, enquanto esquecemos ou deixamos de gritar e lutar pelo que realmente importa, que é buscar sair dessa escravidão que aos poucos vão nos impondo. Ou seja, o que choca e revolta não é o mais rico pagar menos, e sim a carga absurda de impostos que pagamos com quase zero de retribuição social. A matéria tenta colocar os ricos como vilões e deve ser vista como propaganda. É a minha opinião.
Besteira em cima de besteira, tentando tapar o sol com a peneira… E as dezenas de impostos que pagamos além do IR? E a cascata de impostos sobre cada produto que compramos? Some todos os impostos que pagamos e veja se a conta bate…
Todo mundo paga IR e os outros impostos, e não entendo por que o cara que ralou para caramba para a empresa dele crescer tem que pagar mais impostos, já que a Constituição diz que somos todos iguais perante a lei…
E outra coisa, não há imposto sobre LUCRO DA EMPRESA, pois sobre os dividendos tem sim!
O que entendo é que a classe média sustenta o país e que os que trabalham passam mais de cinco meses trabalhando para pagar impostos. Uma empresa paga 20% de INSS e não se fala nada, e o correto seria ela pagar pouco já que paga dos funcionários. A nossa Carga Tributária é altíssima e não essa valor colocado neste trabalho, devemos procurar ver quanto se paga nos EUA e na Nova Zelândia e quanto as empresas empregadoras pagam. Qual o seu custo?
Graziella e todos que concordam com esse artigo dela, não preciso dizer em que situação financeira / classe social vcs se encontram… e enquanto não mudarem suas filosofias de vida continuarão assim.
Essa deve ser a melhor reportagem que já li sobre justiça tributária. É um absurdo que haja a isenção de cobrança do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, como comenta Grazielle. Uma das maiores injustiças que existem é, também, a atual tabela de alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física. Há pouco tempo, deputados do PT elaboraram uma excelente proposta para uma grande mudança nessa tabela. Não sei se essa proposta chegou à Presidente Dilma, se vai para votação no Congresso, ou qual é o procedimento a ser tomado para que a proposta dos deputados do PT se torne realidade.
Quero dizer que este site cartacampinas.com.br é excelente, e passarei a visitar este site com uma certa frequência. Quero também dizer que o texto acima está excelentemente redigido, sem erros de pontuação, acentuação, e outros erros que são tão comuns na internet.
O Brasil ja arrecada bastante em imposto….. mais trabalhos deveriam ser feitos para verificara eficiencia dos gastos… nao adianta so olhar o recolhimento, tem que olhar como estao gastando o nosso dinheiro…. salarios altissimos, muitos beneficios, jatos privados, corrupcao, etc…. o nosso dinheiro indo embora pelo Ralo….. disso ninguem comenta.
isso que deveria ser estudado antes de tudo… tem muita ineficiencia…
Com certeza que os super ricos são sustentados pela classe média e pelos pobres. Afinal, a grande maioria dos super ricos são políticos. E quem é que paga o salário deles? Quem e que vai cobrir o rombo das roubalheira?
Não me importaria de pagar mais imposto, se, de fato, ele fosse reinvestido no desenvolvimento da saúde, educação, segurança e infraestrutura. Na verdade, os países que recolhem mais impostos, de fato, usam os mesmos para tal. No Brasil, quanto mais impostos são pagos, menos se observam reinvestimento no crescimento do país. Quem deveria pagar mais impostos, como os ricos, por exemplo, não o fazem, justamente porque são os que têm mais facilidade para driblar as leis e sonegar. Quem acaba pagando o pato são os assalariados e servidores públicos, porque têm o IR recolhido na fonte.
A classe média é a que mais se ferra, paga bolsas para pobres e para ricos. E ainda vem um estrupício de uma “filósofa” dizer que odeia a classe média que paga seu salário.
aguiar- concordo com a taxação injusta que sofre o povo brasileiro, mas os governantes são eleitos para fazerem as mudanças que outros não o fizeram ou fizeram de modo errado prejudicando ainda mais os pobres. Mas o que estamos presenciando é exatamente o contrário é o aparecimento de novos milionários ( via corrupção) sem nenhuma contra partida de produção. Que tenha sido FHC, GV, JUSC. OU DEODORO, porquê os atuais não procuram fazer o que deve ser feito, fazer as mudanças necessárias, tipo, ajustar a tributação. Tem milionário dessa nova safra que já prometeu devolver U$200.000.000,00 aos cofres públicos. Com quanto ele ainda ficará hem? sem falar nos sítios suntuosos, triplex maravilhosos etc. E realmente uma vergonha, como diz o Borís.
A materia é muito boa e concordo que existe uma injustiça fiscal no Brasil, seria importante rever o tema e adequar as alíquotas de impostos, porem é um equivoco dizer que “de certa forma, há certos estímulos à sonegação no Brasil” Primeiramente devemos entender que sonegar significa não declarar o imposto devido. Declarar e não pagar é inadimplência e não sonegação. Outro ponto é que, ainda que o empresário consiga investir o valor dos tributos não pagos, dificilmente será um bom negocio, pois, mesmo com as taxas de juros e multas atenuadas pelo REFIS, o valor devido nunca fica menor do que o original, isso poderia ocorrer em caso de anistia e não de refinanciamento de dividas, alem disso no REFIS existe cobrança de honorários e custas jurídicas que elevam significativamente o valor devido, digo isso, pois, eu tenho uma empresa pequena e tive que aderir ao “refis da copa” e sei muito bem que tipo de negocio é feito… não que seja ruim mas não é assim tão simples como parece deixar de pagar e investir para renegociar posteriormente não é a realidade alias é péssimo negocio deixar de pagar os impostos nos dias de hoje…
Sem duvida existe uma grande injustiça fiscal e fica evidente quando se analisa a tabela TIPI, a qual regulamente a carga tributaria de cada atividade industrial e bens de consumo, apenas no meu caso que fabrico artigos esportivos uma atividade que deveria receber incentivo tem contrariamente uma carga de IPI mais alta do que atividades relacionadas a joias e pedras preciosas, por exemplo… Fica claro que desde sempre as multinacionais e os grandes grupos entre eles bancos foram favorecidos na arquitetura de toda a estrutura tributaria do Brasil o que é lamentável… Não estou aqui julgando este ou aquele governo apenas uma constatação pratica de alguém que esta lutando para sobreviver e prover uma vida digna para si e seus colaboradores. Acho que rever as políticas tributarias é mais que urgente no nosso pais.
A verdade é que nenhum governo dilapidou tanto a Petrobras quanto o atual governo.
Agora querem avançar ns CPMF.Como vemos ,não há limites.
Enquanto o povo nao acorda vai ficar essa bagunca acordem povo de alienados!
A MATÉRIA É BOA, MAS RECHEADA DE INVERDADES, POR DESINFORMAÇÃO OU MÁ FÉ….
Por exemplo:
A Grazielle argumenta que outra medida que vem sendo discutida como forma de aumentar a justiça fiscal no país é a implantação do imposto sobre grandes fortunas, que está previsto na Constituição, mas precisa ser regulamentado e avalia que a medida enfrenta dificuldades para avançar. porque quando se fala em imposto, significa que a União não pode compartilhar…..
se fosse, por exemplo, no formato de uma taxa, ou outro formato de cobrança, talvez tivesse mais apoio de governadores e prefeitos”…….. falou asneiras
QUE EU SAIBA É O CONTRÁRIO
Imposto é roubo!
Sem querer desvalorizar a injustiça fiscal brasileira [muito semelhante à argentina e, noutra escala, à portuguesa], tomara a classe média portuguesa receber «entre 20 e 40 salários mínimos». Talvez por isso a classe média brasileira consiga passar férias pelo Mundo [em especial, na Europa] e a classe média portuguesa se fique pelo Algarve…
Quanto à matéria, em concreto, a regra passa pela distribuição justa dos deveres tributários [em função do património detido e do lucro obtido] e pela distribuição justa dos direitos sociais… de todos e sem excepções, ou seja, com fiscalização rigorosa e punição exemplar.
Se o que é justo para uns pode ser [ou parecer] injusto para outros, então que se faça um referendo sobre o escalonamento contributivo, sem campanhas manipulatórias dos media (ex: sorteando os participantes nos debates de um conjunto de representantes da sociedade civil).
Caso contrário, por mais governantes que surjam, se as políticas não mudarem de rumo, o ciclo-vicioso do ‘toma lá, dá cá’ irá continuar, pelo menos, durante os próximos 500 anos.
Se o povo brasileiro não for “amnésico” [como, às vezes, o povo português], saberá dar o devido valor àquilo que agora tem e com o qual apenas sonhava antes.
Quanto à oposição, continua alimentando-se da esperança de que as elites, semi-elites e aspirantes a elite [na sua maioria, “amnésicos” da classe média que antes quase não existia] lhes possam dar o poder… só que jamais serão a maioria, senão deixariam de ser elites e perderiam os privilégios que lhes conferem o ‘status’ social.
Deixemos a maioria decidir… embora nem sempre a maioria tenha razão… e seja preciso a união de várias minorias.
Este tipo de comentário só será analisado com identificação com nome completo e página pessoal verdadeira com fotografias do autor. A fotografia do autor desse tipo de comentário poderá ser colocada ao lado do comentário.
Sr. Carlos, já é a segunda vez que você vem com essa conversa da identificação do autor d’«esse tipo de comentário». Qual é o seu problema? A notícia subscreve a análise fiscal da Dra. Grazielle Custódio David, cuja foto publicada é bem explícita. Que mais gostaria de ver na notícia? A cor das calcinhas dos intervenientes…? Ou o seu problema reside, apenas e só, n’«este tipo de comentário» (notícia) publicado pela Carta Campinas [que não é do seu agrado]…?
Plínio, os comentários que recebem esse texto foram excluídos. Isso porque são comentários considerados ofensivos ou explicitamente mentirosos ou maliciosos. Nesses casos, para publicá-los, o Carta Campinas exige que o comentarista se apresente, inclusive com foto, para que seja publicado.
Nesse caso, porque não apagaram os dois comentários [ambos do Sr. Carlos] que remetem para comentários que já não existem? Caso o façam, apaguem também o meu comentário dirigido ao Sr. Carlos [que age como se fosse moderador do Carta Campinas].
Para ler, refletir e acreditar menos em mitos globais e mais na verdade que está bem embaixo de nossos narizes…
O seu comentário é muito evasivo. Imposta-se de concretizar o seu ponto-de-vista?
Para bom entendedor meia palavra basta; para o mau entendedor nem um dicionário serve. À propósito, não posso impostar o que escrevi pela própria razão de ser escrito e não vocal.
Já que estamos numa de provérbios e ‘frases-feitas’: «Só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro» (Albert Einstein).
ERRATA: Onde se lê «imposta-se» deve ler-se «importa-se».
Principalmente pelos pobres, embora a classe média esteja apertada pelas circunstâncias de agora, ainda que instigadas contra si pelas militâncias políticas que se dizem há longo tempo pelos “descamisados” mas que se tornaram uma elite, elite em torno do poder, e digamos assim, inclusive sem definições político-partidárias bem aparentes. Tanto assim, que de uma hora para outra, se partem, e começam a se repartir, outra vez.
De certa maneira pode-se entender que a FIESP se solidariza com os que mais pagam impostos, e isso é muito válido. Outro ponto é que a carga tributária sobre as empresas é grande sim. Na década de 80 a carga tributária no Brasil alcançava apenas 25% do PIB, e segundo a OCDE o Brasil tem a maior carga de impostos da América Latina, e em comparação com os BRICs a nossa carga tributária é, sim, muito maior (18,5% na Rússia, 23%; Índia, 13%; China, 20% e África do Sul, 18%).
A matéria não deveria “culpar” a FIESP por alertar sobre a carga tributária e sim observar com maior ênfase o paradoxo: 13 anos de governo que se diz de esquerda e os mais pobres pagando a maior parte dos impostos, os Sem Terra continuam sem terra, e nessa crise de agora os bancos lucram como nunca, graças às taxas de juros mais altas da Terra.
O maior problema é: para onde vai esse dinheiro todo? Por acaso ele volta para a população em forma de serviços públicos de qualidade? Concordo com a matéria, mas, no meu entendimento, quem mais concentra renda no Brasil é o próprio Estado, sugando praticamente 40% do PIB e investe menos de 3% do PIB na economia. Muito desses recursos são desviados para paraísos fiscais ou simplesmente são mal utilizados. Isso deveria ser revisto, assim como a descreminação do valor do imposto sobre produtos no ato da compra.
Só para lembrar: as empresas já pagam o imposto de renda sobre o lucro líquido assim como a contribuição social sobre o lucro. Tributar a distribuição de lucros e dividendos seria uma forma de tributar duas vezes a mesma coisa, agora o governo teria que criar sim faixas como é feito para a pessoa física, para que progressivamente as empresa pagassem mais imposto proporcionalmente aos lucros auferidos, outra questão que deve ser observada, é que o empresário quando quebra, ele arca sozinho com os prejuízos, enquanto que o empregado tem garantido que o crédito trabalhista tem prioridade em caso de falência, ou seja, enquanto o empresário tem o maior risco, o empregado poderá estar trabalhando em outra empresa. Devemos analisar não somente um lado, mas todo o cenário e as várias possibilidades.
Antes de dar o pitaco sobre direito tributário, melhor estudar o que é fato gerador, base de cálculo do imposto e o conceito técnico de bitributação para não opinar sobre o que desconhece e confundir quem o lê.
Quanto ao empresários que quebram, primeiro há muitos que quebram fraudulentamente, muitos que sonegam os direitos do trabalhador enquanto seus empregados, relutam ferozmente em pagar os direitos ao demitir seus empregados ou quando em falência através de um número infinito de recursos, já que quem tem recursos para pagar advogados de nome pode prolongar indefinidamente o processo em prejuízo renovado ao trabalhador, escondem seu patrimônio para fugir às obrigações, e por aí vai. O empresário brasileiro, com raras e cada vez mais raras exceções, andam na fronteira da marginalidade e da bandidagem.
Em tempo, para uma empresa aumentar seus lucros em 1% que seja, precisa rebolar, investir MUITO em qualidade, propaganda, política de preços, etc., etc. sem certeza do retorno.
Já sonegar impostos, é muito mais fácile seguro da impunidade, com um resultado da ordem de 20 a 30% na lucratividade ou mais. Ou ainda segurar os aumentos de lei para os empregados resultando em mais 5 a 10% ao ano.
Entendeu porque a sonegação é neste país caricato ordens de grandeza maior que todos os escândalos de corrupção, reais ou midiatizados?
E para aqueles idiotas que pensam (ou não?) e vociferam que sonegação não é crime, é crime sim, está lá no artigo 1º da Lei 8.137/1990 e artigo 44 da Lei 9.430/1996, com penas de até 5 anos de reclusão.
Agora, como afetaria mais aos poderosos, por acaso sabes de algum sonegador cumprindo pena?
Ótima leitura! Nenhum governo mexeu nesses problemas que estão relatados nesse artigo.
Eu mesmo não tinha esse conhecimento, ótima matéria, vamos divulgar!!!!!
Realmente é complicado informar o brasileiro. Por grande parte dos comentários aqui, percebe-se que primeiro seria preciso um intensivo em interpretação de texto, depois sim, expor alguns conceitos tributários como, bitributação, diferença entre isenção e imunidade, diferença entre impostos diretos e indiretos e por aí vai…
Duas gerações atrás era ler, interpretar, apreender, refletir e criticar um texto. Uma atrás, com o advento da TV, só ler. Com a onipresença da Internet, a atual só lê a primeira frase de uma postagem, ou o título. Não se lê em profundidade, não se interpreta nem se apreende o conteúdo, não se reflete, não se critica. Informação em demasia e processamento de menos. Caso se mande duas frases contendo duas perguntas, no MercadoLivre por exemplo, rarissimamente retornarão duas respostas, e ainda assim, atravessada, demonstrando a pressa, a desatenção, a negligência com a comunicação escrita. Lamentável!
O artigo é EXCELENTE, IRRETOCÁVEL BRAVO, mil vezes!!! Mesmo para o leigo, a mensagem foi dada. Com este sistema tributário não há justiça fiscal e consequentemente não há justiça social. Violência, corrupção, sonegação, falta de educação, saúde, trabalho, informação, transportes, etc., etc., para todos é a consequência. Se não acredita procure saber sobre os países escandinavos ou melhor vá lá morar (não fazer turismo). Lá é bom para todos inclusive a elite!
Outro mundo é possível, continuarei sonhando e agindo.
Para uma empresa, tributo é custo. E custos são repassados para os consumidores finais via preço. Neste sentido, a empresa é apenas uma arrecadadora de tributos, uma intermediária entre o consumidor final e o fisco. Em outras palavras, empresa não “paga” tributos. Logo, seus sócios ou acionistas, como pessoas físicas, deveriam pagar imposto de renda sobre os lucros e dividendos distribuídos tal como os assalariados o fazem em relação aos ganhos que têm.
FALOU TUDO AMIGO, falta é cobrar deles, para diminuir o deficit
Engraçado. Tivemos um “Partido dos Trabalhadores” no governo por 13 anos e não resolveu isso, mesmo tendo por muito tempo a maioria do congresso. E agora a esquerda vem reclamar disso.
Pois é Márcio, essa não é uma questão de esquerda ou direita, mas de inteligência e civilidade. Países capitalistas taxam os ricos e promovem o bem estar da população, inclusive dos mais ricos e da classe média.
Tributar Lucros e dividendos é bitributação, isso é matéria vencida. Uma empresa paga imposto sobre a receita bruta ou sobre o lucro liquido, o que sobra são os lucros e dividendos que serão repassados para os sócios. Na realidade cada vez mais o empreendedor pensa dez vezes antes de abrir uma empresa, se ele tiver que pagar o imposto duas vezes é que vai ter menos empreendedor querendo arriscar. A maioria dos empregos são gerados pelas micro e pequenas empresas. Se tributar o lucro desses empreendedores teremos muito mais que 12 milhões de desempregados. A matéria parece não considerar a bitributação e o impacto na economia ao falar em tributar Lucros e Dividendos.
Sem entrar no mérito da tributação em si, é melhor estudar um pouco mais direito tributário. Dar o pitaco sobre o que não domina é fácil, mas temerário e invalida as conclusões.
texto muito bom, mas há uma impropriedade: o imposto sobre grande fortunas PODE ser compartilhado exatamente por ser imposto, já as contribuições NÃO PODEM ser compartilhadas por esse mesmo motivo, a lógica é verdade corrente: quase todos os impostos, à exceção dos municipais, são compartilhados, já nunca ouvi dizer de compartilhamento de contribuições que, por sua própria natureza, são a cobrança uma prestação específica do Estado, divisíveis mas com caráter individualizado. Quanto ao imposto sobre grandes fortunas tenho ainda uma observação a fazer: pelos nossos estudos ele só funcionaria no primeiro ano da sua instituição, pegando os desatentos, exatamente por tributar os mais ricos são esses mesmos que têm condição de enviar para o exterior o capital volátil e “distribuir” o capital imobiliário ou não volátil deixado a Receita a ver navios (de dinheiro indo embora) a partir do segundo ano.
Brasil é paraíso tributário para super-ricos, diz estudo de centro da ONU
https://nacoesunidas.org/brasil-e-paraiso-tributario-para-super-ricos-diz-estudo-de-centro-da-onu/
Publicado em 31/03/2016
Atualizado em 01/05/2016
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Mais ricos representam 71 mil pessoas (0,05% da população adulta brasileira) e se beneficiam de isenções de impostos sobre lucros e dividendos, uma de suas principais fontes de renda. Entre os países da OCDE, além do Brasil somente a Estônia oferece esse tipo de isenção tributária ao topo da pirâmide.
Enquanto a maioria dos países da OCDE está aumentando a taxação sobre os mais ricos, no Brasil nenhuma reforma de fôlego foi realizada nos últimos 30 anos. Foto: Wikimedia Commons / chensiyuan (CC)
Os brasileiros super-ricos pagam menos imposto, na proporção da sua renda, que um cidadão típico de classe média alta, sobretudo assalariado, o que viola o princípio da progressividade tributária, segundo o qual o nível de tributação deve crescer com a renda.
Essa é uma das conclusões de artigo publicado em dezembro pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O estudo, que analisou dados de Imposto de Renda referentes ao período de 2007 a 2013, mostrou que os brasileiros “super-ricos” do topo da pirâmide social somam aproximadamente 71 mil pessoas (0,05% da população adulta), que ganharam, em média, 4,1 milhões de reais em 2013.
De acordo com o levantamento, esses brasileiros pagam menos imposto, na proporção de sua renda, que um cidadão de classe média alta. Isso porque cerca de dois terços da renda dos super-ricos está isenta de qualquer incidência tributária, proporção superior a qualquer outra faixa de rendimento.
“O resultado é que a alíquota efetiva média paga pelos super-ricos chega a apenas 7%, enquanto a média nos estratos intermediários dos declarantes do imposto de renda chega a 12%”, disseram os autores do artigo, Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair, que também são pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Essa distorção deve-se, principalmente, a uma peculiaridade da legislação brasileira: a isenção de lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a seus sócios e acionistas. Dos 71 mil brasileiros super-ricos, cerca de 50 mil receberam dividendos em 2013 e não pagaram qualquer imposto por eles.
Além disso, esses super-ricos beneficiam-se da baixa tributação sobre ganhos financeiros, que no Brasil varia entre 15% e 20%, enquanto os salários dos trabalhadores estão sujeitos a um imposto progressivo, cuja alíquota máxima de 27,5% atinge níveis muito moderados de renda (acima de 4,7 mil reais, em 2015).
“Os dados revelam que o Brasil é um país de extrema desigualdade e também um paraíso tributário para os super-ricos, combinando baixo nível de tributação sobre aplicações financeiras, uma das mais elevadas taxas de juros do mundo e uma prática pouco comum de isentar a distribuição de dividendos de imposto de renda na pessoa física”, disseram os pesquisadores.
A justificativa para tal isenção é evitar que o lucro, já tributado na empresa, seja novamente taxado quando se converte em renda pessoal. No entanto, essa não é uma prática frequente em outros países do mundo.
“Entre os 34 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento, apenas três isentavam os dividendos até 2010”, disseram os pesquisadores, citando México, Eslováquia e Estônia.
Contudo, o México retomou a taxação em 2014 e a Eslováquia instituiu em 2011 uma contribuição social para financiar a saúde. Restou somente a Estônia, pequeno país que adotou uma das reformas pró-mercado mais radicais do mundo após o fim do domínio soviético nos anos 1990 e que, como o Brasil, dá isenção tributária à principal fonte de renda dos mais ricos.
Em média, a tributação total do lucro (somando pessoa jurídica e pessoa física) chega a 48% nos países da OCDE (sendo 64% na França, 48% na Alemanha e 57% nos Estados Unidos). No Brasil, com as isenções de dividendos e outros benefícios tributários, essa taxa cai abaixo de 30%.
Além disso, o estudo concluiu que o Brasil possui uma elevada carga tributária para os padrões das economias em desenvolvimento, por volta de 34% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente à média dos países da OCDE.
Mas, diferentemente desses países — nos quais a parcela da tributação que recai sobre bens e serviços é residual, cerca de um terço do total, e há maior peso da tributação sobre renda e patrimônio — cerca de metade da carga brasileira provém de tributos sobre bens e serviços, o que, proporcionalmente, oneram mais a renda dos mais pobres.
“Enquanto o avanço conservador está sendo parcialmente revertido na maioria dos países da OCDE, que estão aumentando a taxação sobre os mais ricos, inclusive os dividendos (…); no Brasil, nenhuma reforma de fôlego com o objetivo de ampliar a progressividade do sistema tributário foi realizada nos últimos 30 anos de democracia, dos quais 12 anos sob o governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores (PT)”, disseram os pesquisadores, acrescentando que a agenda da progressividade tributária é um dos grandes desafios do país na atualidade.
Acesse o artigo resumido clicando aqui.
Confira o estudo na íntegra clicando aqui.
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Saiba mais sobre: Empregos dignos e crescimento econômico Erradicação da pobreza Redução das desigualdades
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E a classe média trouxa e midiotizada, vestida de amarelo e carregando um pato de borracha gigante, foi para a frente da FIESP pedir um golpe de estado que iria atender os interesses dos super-ricos. Agora terão como recompensa mais impostos, menos direitos, empregos terceirizados, fim da aposentadoria, PEC55 por 20 anos, mais desigualdade social e desespero, enquanto os super-ricos ficam mais ricos.
O brasil sempre será subdesenvolvido porque o povo, em especial a classe média, é burra, mesquinha e manipulada pela imprensa mais nojenta do mundo.
Bravo, Mario! Faço minhas as suas palavras contundentes. O duro é que temos de sofrer junto com essa cambada de debilóides orgulhosos de sua estultície. Na próxima encarnação vou nascer na Suécia, Holanda, …