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Escola Carlos Gomes em Campinas e a tragédia da educação de São Paulo

A Escola Estadual Carlos Gomes em Campinas, uma das mais tradicionais da cidade, pode ser um caminho para se entender a tragédia da educação pública no estado de São Paulo, governado pelo PSDB há 20 anos. Uma educação que recebe pouco investimento, é centralizada, autoritária e de caráter vitalício para diretores.

Nesta quinta-feira, 17, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas (SP), Wagner Roby Gidaro, concedeu uma liminar em favor do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em que determina a reintegração de posse da escola, que está ocupada por estudantes há um mês.

Na ocupação da Escola Estadual Carlos Gomes, ainda há um grande problema. Eles querem o afastamento da diretora Mirian Shimizu, que está a frente desta escola há 10 anos. Os estudantes fizeram uma página na internet, em que pedem a saída da diretora ao dirigente de ensino, Nivaldo Vicente.

Na página, os alunos relatam que há um histórico grande de autoritarismo, perseguição e de não garantir os direitos dos estudantes. “A diretora persegue e humilha estudantes e professores publicamente, proíbe a formação do grêmio estudantil há 10 anos (direito garantido por lei), e não se abriu para o diálogo diante de várias denúncias. Enquanto isso, o governo apenas a classifica como ‘linha dura'”, anotaram.

Esse tipo de problema já poderia ter sido resolvido há muito tempo com o fim do cargo de carreira para diretores de escola. O estado do Maranhão já iniciou esse processo com a saída do clã Sarney do governo.

O diretor de escola é tão importante para o país que deveria ser eleito pela comunidade escolar.

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