Fabio Pozzebom Ag. BrasilO processo, gerado a partir do inquérito que investiga o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) por desvios de recursos e lavagem de dinheiro na campanha eleitoral de 2006 e compra de votos, está com andamento lento há mais de dois anos nas mãos do juiz Sérgio Moro, o mesmo responsável pela Operação Lava Jato.

O caso do senador tucano ficou conhecido como “Escândalo do Dinheiro Voador” ou Caso Concord e ganhou repercussão após uma operação de fiscais da Justiça Eleitoral da Paraíba e da Polícia Federal terem provocado uma chuva de dinheiro em João Pessoa.

A denuncia da lentidão no processo foi feita presidente do PT da Paraíba, Charliton Machado, que protocolou nesta terça-feira (14) um pedido formal a Procuradoria Geral da República pedindo celeridade do Supremo Tribunal Federal (STF) na análise do processo.

Apesar de o processo estar nas mãos do juiz federal do Paraná, Sérgio Moro, Machado disse que tomou essa iniciativa para evitar que o inquérito contra o senador paraibano caia no esquecimento, assim como ocorreu com o caso do ‘Mensalão Mineiro’, esquema de lavagem de dinheiro, que ocorreu na campanha para a reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais, em 1998.

O empresário Olavo Lira, conhecido como Olavinho, para não ser pego em flagrante pelos agentes federais, teria jogado R$ 400 mil do alto do edifício Concord, na capital paraibana. Foi encontrada, também, uma caixa contendo várias contas de água e energia elétrica quitadas, títulos eleitorais, camisetas amarelas, além de vários maços de cédulas de R$ 50,00, totalizando R$ 304 mil.

No fim de 2012, a ministra Rosa Weber decretou a quebra do sigilo bancário do senador Cássio Cunha Lima e do empresário Olavinho. Segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do MPF, eles teriam realizado várias movimentações financeiras tidas como atípicas naquele ano. (Carta Campinas com informações de divulgação)