gov de sp - HPVA Campanha de Vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), do governo federal, será retomada em Campinas esta semana. A Secretaria de Saúde de Campinas inicia nesta terça-feira, dia 10 de março, a Campanha de Vacinação com ampliação da faixa etária do público alvo para meninas de 9 a 13 anos de idade. A meta é atingir 80% das 22 mil crianças campineiras nesta faixa etária e o objetivo principal é prevenir contra o câncer de colo de útero.

A vacina contra o HPV foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação em março de 2014 quando foi disponibilizada para meninas de 11 a 13 anos, que continuarão a ser vacinadas. Neste ano, a vacina passa a ser disponibilizada para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, começam a ser imunizadas as meninas que completam 9 anos. A vacina também está disponível para mulheres que convivem com HIV, dos 9 aos 26 anos.

“As meninas que tomaram a primeira dose no ano passado e não fizeram a segunda dose também podem procurar o Centro de Saúde, assim como as meninas de até 13 anos que não tomaram nenhuma dose da vacina”, explica a coordenadora do programa municipal de imunização, Andréia Barbosa.

A vacinação acontece nos 64 centros de saúde do município até o dia 10 de abril. O “Dia D” está marcado para 14 de março, das 8h às 17h. Depois de encerrado esse período, as doses continuarão disponíveis nas unidades de saúde para as meninas nas faixas etárias contempladas.

O esquema de vacinação é composto por três doses: a segunda é aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012. Isso é o que mostra o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que será divulgado nesta semana. O objetivo do documento é auxiliar aos usuários, em especial os profissionais de saúde pública, no planejamento e avaliação das ações necessárias à prevenção e ao controle do câncer. Com a vacinação contra HPV, o Brasil pode ter sua primeira geração de mulheres livres deste tipo de câncer.

Sobre o HPV
É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos no Brasil. (Com informações de divulgação)