Ag Brasil - levyO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo petista de Dilma Rousseff, prefere taxar quem trabalha (classe baixa e classe média) e não quem é muito rico. Para ele, a taxação de grandes fortunas arrecada pouco e não traz grandes vantagens para a distribuição de renda, disse nesta sexta-feira, 27.

Para ele, o aumento do Imposto de Renda (quem recebe a partir do trabalho) em determinados casos tem mais eficácia para aumentar a arrecadação de pessoas ricas.

“A taxação estática de grandes fortunas [quando o imposto incide sobre a riqueza, não sobre a renda] não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”, afirmou o ministro, ao ser perguntado sobre propostas de parlamentares de aumentar a taxação de fortunas.

Joaquim Levy lembrou que os estados tributam a herança; e os municípios, a transmissão de bens entre pessoas vivas. Ele, no entanto, destacou que doações de dinheiro praticamente não pagam Imposto de Renda.

“Quem recebe uma doação de R$ 1 milhão hoje paga muito pouco de Imposto de Renda. É uma quase renda que não está sujeita à tributação. Existem numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”, completou o ministro. (Agência Estado; edição Carta Campinas)