Os funcionário da Unicamp decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (23) por tempo indeterminado, após assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (22). O motivo é o congelamento dos salários neste ano decidido pelo Conselho de Reitores (Cruesp) das três universidades paulistas: Unicamp, USP e Unesp. Professores entram em greve no próximo dia 27.

Funcionários da Unicamp
Funcionários da Unicamp durante assembleia

A decisão de greve dos funcionários técnico-administrativos da Unicamp foi votada hoje em assembleia com a presença de centenas de trabalhadores na Praça da Paz. Duas propostas foram apresentadas à categoria: greve ainda hoje ou a partir de amanhã. A maior parte da categoria decidiu pela greve amanhã.

Para a coordenadora geral do STU, Margarida Barbosa, a assembleia foi bem representativa e a expectativa é de vitória da greve. “Mas não podemos esquecer que o desafio será grande e nem perdermos de vista a importância do fortalecimento da mobilização para conquistarmos nosso índice”, disse.

Em reunião realizada ontem (21), o Cruesp ofereceu aos trabalhadores e docentes “zero de reajuste”. “A postura do Cruesp foi lamentável. Agora nosso objetivo é mobilizar os trabalhadores em suas unidades e organizar o Comando de Greve para que na próxima segunda-feira nosso movimento atinja o auge”, explica a coordenadora geral.

O índice reivindicado pelos trabalhadores e docentes das três universidades estaduais é de 10% e leva em conta a recomposição salarial em razão das perdas inflacionárias. Os reitores decidiram pelo congelamento dos salários quando, no caso da Unicamp, há sobra orçamentária acima de R$ 1,3 bilhão. O que significa que a crise financeira não é verdadeira.

A diretora do STU, Marina Rebelo também acredita que será uma greve grande e muito forte, pois a categoria se mostra muito indignada e coesa na luta para derrubar o zero do Cruesp.”Sem dúvida será uma greve difícil, pois os reitores já demonstraram, marcando a próxima reunião de negociação para setembro, que não têm disposição de diálogo. Mas temos a certeza que arrancaremos a vitória com luta e unidade da categoria”. (Carta Campinas com informações do STU)