O Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas vai ter uma sala de cinema equipada com aparelhos de última geração. Essa é uma das melhorias que o Palácio dos Azulejos (sede do MIS-Campinas) terá com o dinheiro (R$ 1,3 milhão) que receberá do Ministério da Cultura..

Palácio terá espaço para alimentação e paisagismo
Palácio terá espaço para alimentação e paisagismo

O projeto prevê também reformas na área de acessibilidade, construção de um espaço de alimentação e paisagismo interno.

De acordo com o diretor de Cultura Gabriel Rapassi, a verba vai tornar o espaço mais atrativo e transformar o local em lugar mais acessível para todas as pessoas.

“Vamos garantir a acessibilidade para os cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Além de transformar um monta cargas (elevador antigo de caixas) em elevador com todas as normas de segurança para que essas pessoas tenham acesso ao piso superior do museu, o que antes era complicado” disse o diretor.

O páteo interno deverá ganhar uma nova cara, com o projeto de paisagismo. Uma sala do pavimento térreo do prédio vai receber adequações para armazenar o acervo do museu que nos últimos anos tem sofrido com as ruins condições do prédio

A atual sala de cinema Gláuber Rocha vai receber acabamento e será modernizada com equipamentos de última geração, com cabine de projeção, poltronas adequadas, acústica, som digital 5.1, ar condicionado, além de um projetor para poder colocar tanto filmes em formato digital quanto em formato de película. Uma bombonier também será construída na entrada do MIS para tornar o local mais convidativo.

Palácio dos Azulejos

O Palácio dos Azulejos, onde fica o MIS, é a única edificação na cidade considerada patrimônio nacional, tombado pelo IPHAN (processo nº736-T-64 em 1967). Também reconhecido como patrimônio estadual e municipal, foi tombado pelo CONDEPHAAT (1981) e CONDEPACC (1988).

Construído para residência de Joaquim Ferreira Penteado, o Barão de Itatiba, funcionou como solar residencial até 1908, quando foi vendido à Prefeitura, que o ocupou como sede do governo municipal até 1968. A partir desta data e até 1996 foi utilizado pela SANASA (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A), ocasião em que foi transferido para Secretaria Municipal de Cultura.

Trata-se de imponente prédio que, em conjunto com outras edificações urbanas do período, é representante do que se identificou como a construção da “modernidade” de Campinas no século XIX. Na década de 50, foi assunto e alvo de polêmica apaixonada na imprensa local, onde um grupo de cidadãos defendia a criação de um museu histórico e pedagógico e outro sugeria sua demolição.

Por meio da lei municipal 4576/75, o MIS foi viabilizado pelo poder público municipal a partir da idealização de um grupo de fotógrafos, cineastas e cineclubistas da região, envolvidos na produção e difusão da fotografia, cinema e audiovisual, liderados por Henrique de Oliveira Júnior e Dayz Peixoto Fonseca.

O objetivo era preservar e reunir, sistematicamente, a memória audiovisual de Campinas e região, cujas peças vinham sendo guardadas de maneira isolada, em outros museus da cidade, e em outras instituições públicas municipais ou mesmo integrando coleções particulares.

O acervo do MIS é constituído por um dos mais significativos conjuntos de fotos, filmes, negativos, vídeos, slides, discos, fitas e objetos sobre a história social e cultural da cidade de Campinas e região, e se apresenta em cinco diferentes linguagens: Audiovisual (cinema e vídeo), Fotografia, Música, Tecnologia e Biblioteca, atraindo pesquisadores de todo o país. (Carta Campinas com informações de divulgação)