O indicador que mede a inflação no país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2013 em 5,91%.
Divulgado hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado ficou acima do centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, mas dentro da margem da meta. O índice de 2013 é muito próximo do resultado do ano passado. Em 2012, a inflação oficial fechou o ano em 5,84%.
No mês de dezembro do ano passado, o IPCA ficou em 0,92% – acima da taxa registrada em novembro (0,54%) e é o maior IPCA mensal desde abril de 2003, quando cresceu 0,97% em um mês.
Em dezembro de 2012, o IPCA ficou em 0,79%. O aumento no preço dos combustíveis, em novembro, e das passagens aéreas pressionou o indicador mensal, de acordo com o IBGE.
O ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique, disse hoje (10) que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,91% no fechamento de 2013, não surpreende o governo.
“Já esperávamos que dezembro tivesse um índice um pouco mais alto por conta do aumento do preço da gasolina e também porque é um período de férias, quando as passagens aéreas tiveram uma contribuição para que o índice viesse um pouco mais alto em dezembro”, destacou.
Para ele, o importante é que o índice está dentro da meta, demonstrando por parte do governo que a inflação no Brasil está sob controle, sem perspectiva de aumento exagerado de preços. A meta de 2013, estabelecida pelo governo, é 4,5%, com uma tolerância de 2 pontos percentuais. Ou seja, no limite, a inflação poderia ficar em 6,5% que estaria dentro da meta.
“Isso que é mais importante para o país e para a população brasileira – nós termos a segurança de que estamos mantendo a inflação dentro dos patamares e dentro das metas”, ressaltou ele, substituto do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está de férias.
Sobre o fato de o governo ter estimado, por diversas vezes, que a inflação no ano passado deveria ser menor do que a registrada em 2012, Dyogo disse que a variação é quase estável. “Não sei se havia esse compromisso [de manter a inflação em patamares menores do que 2012], mas há sempre a expectativa de que o índice seja bem-comportado e fique dentro da meta e foi o que aconteceu. Do ponto de vista da comparação interanual, a diferença é na segunda casa decimal, considerado praticamente estável”, argumentou o ministro. (Agência Brasil/Carta Campinas)