No próximo dia 25 de agosto, sábado, às 14h30, será aberta na Sala de Exposição na Estação Cultura a mostra do artista plástico Clodomiro Lucas “As Linguagens do Papel”. A mostra contará com 30 quadros de papel artesanal e a reprodução de um ateliê de produção do papel artesanal.

O papel artesanal é fonte de pesquisa e trabalho de alguns artistas que desenvolveram técnicas de fabricação em função da carência de papéis com texturas variadas para elaboração dos trabalhos e o alto custo do papel importado.
O desenvolvimento do papel artesanal, entretanto, não fica restrito ao suporte de obras de arte. Atualmente, ele é utilizado, segundo conta Clodomiro, na confecção de certificados, envelopes etc. No Brasil, a técnica vem sendo testada com resultados positivos desde os anos 70. “A fabricação do papel artesanal tem despertado o interesse não só do artista como também do público em geral, o que o torna um tipo de arte que tem um futuro”, destaca.

“Se podemos nos deter nos detalhes, podemos também nos deter onde os detalhes se trançam. Papel suporte, papel espaço? Também, papel território e território em cores e espessuras e texturas. Mais que chamar, o traço e a pincelada convocam mais que o olhar, o toque. Dá vontade de tocar, como a fruta? Dá vontade de tocar, como a pele? Conhecimento sem diretriz, posto que, arcaico. Tocar com os dedos e com o olhar as configurações do papel não é descobrir um chão? Um sentido? Papel território, acolhe silêncio e tempo de um fazer.”

Clodomiro Lucas inicia na arte em 1963 como autodidata. Posteriormente faz curso de gravura no Núcleo dos Gravadores de São Paulo. Em Campinas, leciona gravura no Conservatório Carlos Gomes e no Museu de Arte Contemporânea. Edita a coluna de artes plásticas do jornal City News e, entre 1967 e 1977, trabalha como redator do suplemento de artes plásticas do jornal Diário do Povo. Em 1982, coordena a mostra Mito e Magia Del Colore, no Castel Del Ovo, em Nápoles (Itália). Em 1988, ministra curso de papel artesanal na Escuela Superior de Bellas Artes de Buenos Ayres (Argentina). Coordena o MACC no período de 1989 a 1991.

A mostra As Linguagens do papel  é uma iniciativa da parceria entre Usina Geradora, Ateliê da Estação Cultura, Ateliê Aquastre do artista João Bosco e da Coordenadoria de Ação Cultural da Secretaria de Cultura.

O Ateliê da Estação faz parte do projeto de gestão da Estação Cultura, por meio do Laboratório de Produção Cultural em parceria com a Rede Usina Geradora. É um espaço coletivo de criação, formação e convivência entre artistas plásticos, agentes culturais, educadores, usuários e profissionais da saúde mental e o público em geral e funciona no túnel 1 da plataforma e na sala 8 da Estação Cultura.

A Usina Geradora de Cultura é uma rede formada por 11 coletivos artísticos, que atua na cidade de Campinas e região. A rede já foi premiada pelo Ministério da Cultura por seu trabalho desenvolvido desde de 2014 na gestão compartilhada da Sala dos Toninhos, do Vagão dos Bonecos e Ateliê da Estação.

A exposição poderá ser vista até o dia 25 setembro. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Exposição: AS LINGUAGENS DO PAPEL
Abertura: 25 de Agosto às 14h30
Período: 25 agosto a 25 setembro de 2018
De segunda a sábado das 9h às 21h
Domingos e feriados das 9h às 20h
Local: Sala de Exposição na Estação Cultura
Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n