Família Burg

O Centro Cultural Casarão traz para o mês de julho uma intensa programação para crianças e seus pais. Serão treze espetáculos de companhias de Campinas e interior paulista apresentados sempre às terças, quintas e sábados de julho às 18h e também no feriado do dia 9 de julho às 18h. Os ingressos serão no chapéu e as senhas para a entrada serão distribuídas uma hora antes de cada apresentação.

A iniciativa da Mostra de Férias é do Coletivo Casarão em parceria com as companhias que integram a mostra neste ano e que já integraram as edições anteriores. Os valores arrecadados com a contribuição do público serão revertidos para as melhorias do Centro Cultural Casarão.

Confira abaixo a programação completa e informações sobre alguns dos espetáculos que serão apresentados:

3/7 Junta Tudo – variedades para crianças e seus pais
5/7 Riante- Circo da Silva
7/7 O palhaço sou eu- GTT (Grupo Tá `Lento)
9/7 A Flor do Curupira- Cia Benedita na Estrada
10/7 Kapuera – Guga Cacilhas
12/7 Dupla sem par- Familia Burg Riante- Circo da Silva
14/7 E aí, beleza?- Excaravelhas
17/7 As Gêmeas- Paraladosanjos
19/7 Instrumentórias- Cia Fio de Chuva de Teatro
21/7 Era uma vez – Cia. Casa das Artes
24/7 Azevedo pão e Leite, uma canção inteligente- Cia Oruã
26/7 Cada um- No Mundo da Lua
28/7 Pequenas Histórias de Imensidão – Cia Bacante

Dupla sem Par, Familia Burg Riante- Circo da Silva

O que há de original na combinação do arroz com o feijão, na simplicidade da união da goiabada com o queijo, no encontro radiante do Sol quando suspende a Lua? Nada. Veja ai bons exemplos pra você se inspirar quando for assistir Gonçalvez e Sobolha juntos: a prova de que o magnetismo que atrai os opostos pode ser impar e às vezes bem inusitado. Assim como menos com menos dá mais, você pode se surpreender com esta soma sem par. Afinal o que é uma dupla? A união de dois opostos? A soma de duas unidades? A divisão de um quarteto ao meio? A subtração mínima de um trio? Ou a inesperada atração entre duas metades.

Este é um espetáculo que visita gags clássicas, revisita esquetes de palhaço já experimentadas pela vivência dos artistas no contato com crianças em escolas de ensino público no interior de São Paulo e na seleção de seu repertório para eventos na rua e em espaços abertos.

Ficha Técnica
criação e atuação: Joana Piza e Ivens Burg
figurinos: Luci Ap de Moraes Martinelli
orientação de esquetes: Leris Colombaioni
produção: Família Burg

E aí, beleza?!, Excaravelhas

E aí, beleza?! é um espetáculo infantil e interativo criado especialmente para a realização do projeto Recreio nas Férias da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Lazer de São Paulo e foi apresentado para mais de dez mil crianças (10.000) desde sua estréia em 2003, principalmente no estado de São Paulo.

Este espetáculo também foi apresentando para a sensibilização e abertura do projeto Criando Dança na Escola, realizado pelo Grupo das Excaravelhas em parceria com a Fundação Zerbini e com o PSF (Programa Saúde da Família) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo em 2004. Neste projeto, contemplado pelo VAI – Valorização de Iniciativas Culturais, desenvolvemos um trabalho de criação com alunos de duas escolas da periferia de São Paulo consideradas as de maior índice de violência e de menor interesse, por parte dos alunos, nas atividades artísticas.

Um dos fatores que atribuímos ao sucesso da realização destes projetos e do espetáculo E ai, Beleza!? é seu formato interativo numa linguagem bem humorada, que além de agradar principalmente as crianças, permite um acesso direto ao universo artístico da dança estimulando a criatividade e a vontade de “cair na dança” do público, além de levantar questões fundamentais para a educação infantil.

O espetáculo infantil interativo nasceu da pesquisa de diversas formas de se cumprimentar, de acordo com culturas, guetos e tribos diversas. Partindo de uma composição coletiva, o Grupo das Excaravelhas explorou a linguagem de gestos e expressões de diversos grupos e situações sociais, transformando-os em dança. O espetáculo propõe aguçar o olhar do espectador para a diversidade cultural partindo dos cumprimentos que cada grupo social utiliza para
se saudar.

O espetáculo E Aí, Beleza?! permite ao espectador identificar-se com determinados personagens, assim como com o próprio grupo social a que se sinta pertencer. Assistindo a uma coreografia, divertida, crítica, criativa, e principalmente, acessível, o público é convidado a ir além do papel de espectador e interagir com as intérpretes-criadoras, dançando a coreografia apreciada. Ao dançar, ele não só reproduz, mas cria outros gestuais e movimentos. O movimento torna-se o principal articulador nas construções de significados. A intenção é entrar no universo destes grupos, reconhecendo e criando outras formas de comunicação, com outras possibilidades de combinações entre o gesto e o movimento, sugerindo pontes entre culturas e grupos sociais diferentes.

Ficha técnica:
Grupo das Excaravelhas: Juliana M. Couto, Ló Guimarães, Milena Machado
Concepção e Direção: Paula Salles
Produção Executiva e Operação de Som: Juliana Saravali
Duração: 45 minutos (espetáculo) + 15 minutos de Conversa com as Crianças.

Cia Bacante

Pequenas Histórias de Imensidão, Cia Bacante

Arte não tem pensa:
o olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê.
É preciso transver o mundo.
(Manoel de Barros)

A Cia Bacante de Teatro traz aos palcos seu novo espetáculo intitulado “Pequenas Histórias de Imensidão”. Adaptação de um livro infantil, poético, que nos convida a acompanhar Lulê em sua busca pela sua boneca Filó e também pelo amadurecimento. Dá-se a ver o crescimento de uma criança perguntadeira que trazà tona questões frequentemente interditadas aos pequenos sobre a vida, a morte, a pobreza, o amor, a amizade, a imaginação e a família. É um convite a se fazer disponível para olhar o mundo com olhos de criança reavivando aquela que, um dia, todos fomos.
Sinopse: Munida de coragem, imaginação, persistência, saudade, um pouco de razão e uma pitada de medo, Lulê sai em uma aventura para resgatar sua boneca Filó, amiga amada que pelo vento foi sequestrada. Não tem medo, ou tem? Tão certo como a Terra gira, é que Lulê não descansará até encontrar Filózinha, onde quer que ela tenha ido parar, nem que tenha que ir aos quatro cantos do mundo! Na sua jornada fará novas amizades e enfrentará a Sabichona, uma esfinge que guarda o caminho e tudo sabe. Assim essas Pequenas Histórias de Imensidão nos oferecem questionamentos filosóficos profundos e nos mostram como as crianças são capazes de enxergar além do que com os olhos se possa ver.

Disco {RIANTE!}, Riante- Circo da Silva

{RIANTE!} foi gravado em 2011 e contou com a participação de destaques da cena musical latino americana. O disco de estreia do Circo da Silva tem doze faixas autorais. “Ovo(=)Huevo” é super divertida e brinca com algumas das maneiras de se comer um ovo:cozido, mexido e frito, que aqui viram forró, samba e heavy metal.
Já a faixa título “{RIANTE!}” é a musicalização de um poema criado com palavras inexistentes que descrevem fatos e situações verídicas na história da banda, um falso italiano um gromelô. Em tempos tão voltados ao bem estar, as canções “(En)Salada Blues” e “Explo%ˆ&*” convidam a refletir sobre as vantagens de ter uma boa alimentação.
Em todas as músicas do álbum a criança se surpreende com a mistura de ritmos ― sempre com viés circense ― e com a aparição de elementos extramusicais, como brinquedos e efeitos especiais. Em “Moviendo Mexendo” a proposta é fazer exercícios que estimulem o corpo humano, aproveitando para ensinar à criançada palavras em espanhol relacionadas ao tema.

Era Uma Vez – Cia. Casa das Artes

Espetáculo: “Era uma vez”
Duração: 60 minutos
Texto: Marta Rezendes
Produção: Casa das Artes Campinas
Música: Leandro lago
Com: Marta Rezendes
Lya Bueno
Ester Cassinelli
e Fabio Ayres

Sinopse: Firula e Andarila são duas palhacinhas que acabaram de perder seu trabalho em um grande circo à custa de muitas palhaçadas. Tristes elas percebem que o que lhes restou foi um baú que era de sua vó Clementina e supostamente mágico. Como as duas adoram contar e inventar histórias, decidem criar seu próprio espetáculo e misteriosamente uma personagem encantada as leva à uma viagem através da leitura e transformam qualquer sonho em realidade.

Juntas elas invadem lindas histórias de conto de fadas e tudo ganha vida em sua imaginação. Tudo acontece com o tempero do circo e música executada ao vivo. Palhaçadas, perna-de-pau, malabares e acrobacias encantam crianças e adultos, fazendo este universo lúdico saltar aosolhos. Mas será que essas duas conseguem o seu “felizes para sempre”. Venha descobrir em “Era uma vez”.

Kapu’era

Kapuera – Guga Cacilhas

Sinopse: Kapu’era é um termo de origem tupi que designa uma clareira em meio à mata. Dizem que deu origem à palavra “capoeira”, que antes de virar o nome do jogo, era simplesmente esse cantinho bom para esconder uma brincadeira… ou quem sabe uma revolta! Neste espetáculo, trazemos o mundo da Capoeira Angola – e a história de um Mestre e seu discípulo – para uma narração interativa na qual o próprio aprendizado é o tema. Instrumentos musicais, canções, o próprio jogo e seus mitos são pano de fundo para essa apresentação que vem despertar ou aprofundar o gosto pela cultura popular brasileira…

Ficha Técnica
Dramaturgia, direção e atuação: Guga Cacilhas
Co-Direção: Daniel Braga
Orientação cênica: Ésio Magalhães
Cenário e Figurino: Anna Küll e Aline Barbosa
Duração: 55 min.
Recomendação Etária: Livre

Cada Um, No Mundo da Lua

A encenação de “Cada Um” propõe um espaço imaginário destacado do cotidiano, de onde saem histórias, brincadeiras, músicas, bonecos e desafios. De fácil comunicação e linguagem simples, o espetáculo apresenta-se como se fosse uma caixa de surpresas, concretizada no cenário feito com cortinas de teatro, janelas, objetos antigos, entradas, saídas e até um palco para bonecos de luva. De lá, sempre aparece uma novidade, os atores da trupe confrontam-se com o estranhamento e o mistério: um ser esquisito que fala e se mexe; uma bola mágica que aparece e desaparece sozinha. Todos os elementos cênicos são utilizados para fortalecer a intensidade dramática e materializar a diferença em jogos divertidos que possam ser assimilados pelas crianças sem que se corra o risco de uma lição de moral. É por meio da ludicidade e do despojamento dos atores que se desenvolve a dramaturgia de “Cada Um”.

A direção do espetáculo é de Ana Caldas Lewinsohn que buscou enfatizar o estado de brincadeira dos atores e músico, para que fosse possível criar uma relação de interesse com a plateia infantil. Por meio de cenas curtas e quadros independentes, buscou-se estimular a imaginação da criança, sem apresentar uma história fechada e de único sentido, explorando, assim, múltiplas interpretações e a co-criação do espectador como um segundo autor do espetáculo. Mesmo assim, a trupe de atores-brincantes e músico estende às mãos ao público do início ao fim da encenação, propondo por meio da proximidade e da simplicidade um diálogo sincero e divertido. Para os adultos mais atentos, o tema central sobre a diferença aparece recorrentemente durante a apresentação, porém, para as crianças, a discussão não surge de forma literal, mas sim como pano de fundo. É uma grande brincadeira que comunica em suas entrelinhas sobre o respeito e a aceitação do outro, sobre a existência das diversas singularidades como potência de encontro, potência de vida.

Ficha técnica
Atores: Renata Mucci, Valdo Matos e Rudah Silva
Direção: Ana Caldas Lewinsohn
Cenários: Grupo Garrucha
Figurinos: Amarilis Arruda e Flavia Arruda
Produção: No Mundo da Lua
Indicação etária: Livre
Duração: 45 minutos

Azevedo pão e Leite, uma canção inteligente- Cia Oruã

Sinopse: Azevedo chega entusiasmado, com o desejo enorme de compartilhar sua música. Hoje o público está com sorte, ele traz seus instrumentos preferidos: ukulele, sax e seu xodó, o violoncelo! O repertório é vasto – de Beethoven a Luiz Gonzaga – e sem dúvida fará o público amante da música chorar… chorar de rir!

Generoso, Azevedo compartilha o picadeiro com ilustres convidados: Carmem, a Boneca Maluca, o Rei Roberto e você, respeitável público!!! Que é sempre convidado especial à participar, seja cantando em coro ou – para os que se arriscarem – atuando ao lado de Azevedo. AZEVEDO Pão e Leite, uma canção inteligente é mais que uma apresentação de habilidades musicais, presta-se a uma bela homenagem a cultura brasileira seja por meio de suas canções, palhaços ou festas de rua: a arte do convívio!

As Gêmeas, Paraladosanjos

O palhaço sou eu- GTT (Grupo Tá `Lento)

Sinopse: Em “O Palhaço sou eu”, três atores palhaços se revezam em cenas divertidas a partir de clássicas gags circenses. Situações embaraçosas do cotidiano são abordadas como o medo de se expor em público, a “esperteza” do ingênuo, as mancadas do desastrado, a mágica pela ótica do palhaço, entre outras.
O espetáculo é composto por 7 cenas e infinitas possibilidades, como um mosaico que vai se formando a partir da interação entre os atores e o público. A base do espetáculo são gags circenses clássicas e cenas criadas pelos atores, com o propósito único de entretenimento.

Ficha Técnica
O Palhaço sou eu
Dramaturgia – Grupo Teatral Ta’lento
Direção – Carlos Justi
Elenco – Carlos Nascimento, Elliot Souza e Ellis Almeida
Cenografia – Elliot Souza
Figurinos – Carlos Nascimento
Sonoplastia – Carlos Justi e Carlos Nascimento
Lona Picadeiro – Sandro Volpini
Fotografia – Tatiana Sajorato
Produção – GTT / Fábrica das Artes