O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) não é somente ignorante nas questões históricas, sociais e políticas. É um grande embusteiro.

As afirmações  tidas como “idiotas” são na verdade uma tentativa bem sucedida de manipulação total da realidade, de mentir descaradamente, como fez no Jornal Nacional e no Roda Viva.

As mentiras impulsionam sua carreira e o enriquece com os privilégios da carreira política.

O que Bolsonaro pretende é recriar totalmente a realidade, se aproveitando da desordem causadas pelas Fake News da atualidade e do descrédito com a política.

Parafraseando o artigo de Rosana Pinheiro Machado, Bolsonaro representa uma linha de ataque ao cerne da modernidade e ao iluminismo.

Como o passado já não existe mais e tudo pode ser manipulado (fotos, imagens, discursos), então ficou fácil inventar uma nova história refutando a história real ou consolidada pelo humanismo.

Para seus eleitores, Bolsonaro traz a adrenalina empolgante de um filme de ficção. É uma surpresa em casa frase, como um roteiro empolgante. É um movimento de racionalidade semelhante a um psicopata, mas ao avesso. Ou seja, ele cria uma realidade ficcional para os eleitores.

Para Bolsonaro, a verdade, o real, não tem a menor importância. Daí ele pode dizer na maior tranquilidade que apresentou 500 projetos. Ao ser desmentido, diz: “que seja”. O “que seja” significa, para ele, que não há qualquer diferença entre 500 e 176.  A realidade está morta.

Veja algumas das frases de Jair Bolsonaro, somente no Roda Viva da TV Cultura, e perceba como ele cria uma nova realidade.

“A principal causa da mortalidade infantil são os bebês prematuros” (ou seja: a alta mortalidade do Brasil é natural)

“Tenho mais de 500 projetos apresentados em 27 anos” (ou seja: a realidade não importa, até seus números não são reais)

“Não sabia que o Eduardo Cunha tinha problemas com a Justiça” (Fuga alienada)

“Os portugueses nem pisavam na África, os próprios negros que entregavam os escravos” (Vasco da Gama nunca existiu. A culpa é dos negros)

“Que dívida histórica é essa que temos com os negros?” (O problema não é do Brasil, mas dos negros)

“Políticas para que a mortalidade infantil deixe de subir? Tem a ver com a questão da alimentação da mãe, muitas gestantes não fazem sua higiene bucal também”. (A culpa de tudo é da própria pessoa)

“O sentimento que tenho nas ruas é que tenho mais votos que Lula. Todo modo, as eleições estarão sob suspeição” (Já ganhei as eleições e ser perder é fraude) (Susiana Drapeau)