.Por Eduardo de Paula Barreto.

Meu caro amigo pobre

Confesse aqui no meu ouvido

Que você apoiou o golpe

Mas que está arrependido

Porque perdeu o seu emprego

E agora vive com medo

De não conseguir a quantia

Para comprar gasolina

Como fazia no tempo de Dilma

Em que era feliz e não sabia.

 

Meu caro amigo coxinha

Confesse de forma sincera

Que fez papel de trouxinha

Amassando a sua panela

Que agora encontra-se vazia

Porque para comer o que comia

No tempo de Lula

Tem que fazer empréstimos

Comprar no cartão de crédito

Ou apelar pro ‘pendura’.

 

Meu caro amigo manifestoche

Confesse que acreditou na Globo

E que você lhe deu ibope

Enquanto ela o fazia de bobo

Dizendo que era só no PT

Que havia corrupção e que

Ela era imparcial e digna

Agora você se sente um bobão

Ao saber do caso de corrupção

Que ela protagonizou na FIFA.

 

Meu caro amigo da pseudo-elite

Que desfilou com a camisa da CBF

Confesse que acabou o seu uísque

E as mamatas do BNDES

E que apesar dos frangalhos

Que viraram as leis do trabalho

Você tem que trabalhar dobrado

Para manter o mesmo padrão

E continuar sendo patrão

E que teme virar empregado.

 

Meu caro amigo que fez a confissão

E demonstrou arrependimento

Saiba que para receber o perdão

Só faltam dois procedimentos

Você deverá abster-se do mal

De fingir ser o que não é na real

Esta será a sua penitência

E não se esqueça em outubro

De corrigir isso tudo

Botando Lula na presidência.