Os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiram realizar dois dias de paralisação na próxima semana, dias 29 (terça-feira) e 30 (quarta-feira), em sinal de protesto à proposta de reajuste salarial de 1,5%, feita pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo) na última reunião de negociações da Data-base 2018, ocorrida dia 17.

Segundo a ADunicamp, (Associação dos Docentes da Unicamp), os dois dias serão de mobilização com realização de eventos e atos públicos. Na terça, ocorrerá manifestação em frente à sede do Consu (Conselho Universitário), no campus da universidade, e na quarta serão realizadas manifestações dentro do campus.

Os professores decidiram também pela criação de uma Comissão de Mobilização que organizará ações de acompanhamento e mobilizações da categoria durante a campanha da Data-base 2018 e solicitar aos representantes no Consu a retirada de pauta da discussão sobre a proposta de reajuste de 1,5% (e caso não seja retirada de pauta votarem contra) do Cruesp e a retomada das negociações com o Fórum das Seis (entidade que reúne as organizações representativas das universidades públicas paulistas).

As decisões foram tomadas em assembleia realizada nesta quinta-feira, 24, no auditório da ADunicamp.

As universidades públicas paulistas, representadas no Fórum das Seis, têm questionado duramente o indicativo de reajuste salarial de 1,5% proposto pelos reitores e vários segmentos de diferentes campi já declararam greve ou se mantêm em “estado de greve”.

O STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), que representa os funcionários técnico-administrativos da universidade, já iniciou greve desde o último dia 22. Em assembleia realizada pela Adusp (Associação de Docentes da USP), dia 22, os professores também decidiram entrar em greve a partir do dia 29, por tempo indeterminado.

Os professores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) dos campi de Araraquara, Botucatu, Rio Claro, São Vicente, Marília, Bauru e Instituto de Artes já decidiram pela greve e o de Presidente Prudente aprovou paralisação no dia 30. Os demais estão realizando assembleias.

Os técnico-administrativos da Unesp também aprovaram indicativo de greve em seis campi e os da USP por paralisação e manifestações no dia 29 e com indicativo de greve a ser deliberado em assembleia marcada para 5 de junho. (Carta Campinas com informações de divulgação)