.Por Pedro Carrano.

Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada, internada às pressas no Hospital do Trabalhador, com um tiro no pescoço.

A outra vítima é uma mulher que se feriu com estilhaços a partir das balas que perfuraram a estrutura do acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. O atentado aconteceu na madrugada deste sábado (28).

“Ele estava consciente, sem risco de vida, perdeu bastante sangue, a bala perfurou, mas não ficou alojada. No acampamento estávamos na porta na segurança, um carro passou e voltou atirando”, informa o segurança que estava no local e acompanhou uma das vítimas ao Hospital do Trabalhador.

A autoria do ataque a tiros ainda não foi identificada até o momento. Apenas após solicitação, três viaturas foram até o local fazer os registros necessários.

A informação de pessoas que estavam no acampamento aponta que havia movimentação de carros passando em frente ao local desde às duas horas da madrugada, gritando palavras de ordem e provocações.

Mais segurança na região

Em nota, a coordenação da vigília afirma que vinha cobrando a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Diz o texto: “Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento (17), cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento”.

Presente no acampamento desde às quatro horas da madrugada, Dr Rosinha, presidente do PT estadual e integrante da coordenação do acampamento afirma que a pressão agora também é para apuração dos fatos. “Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”, enfatiza. (Do Brasil de Fato)

NOTA DA VIGÍLIA LULA LIVRE

A vigília Lula Livre e as diversas organizações que a integram repudiam de forma veemente o ataque a tiros contra o acampamento Marisa Letícia, ocorrido na madrugada de hoje (28) e que resultou em duas pessoas feridas, uma delas de forma grave, com um tiro no pescoço.

A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba. Não nos intimidarão!

No fundo, é uma crônica anunciada. Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento (17), cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento.

“Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”, enfatiza Dr Rosinha, presidente do PT estadual e integrante da coordenação da vigília.

Seguiremos com nossas atividades, lutas, programação e debates da vigília. A cada dia vai se tornando cada vez mais impressionante como, mesmo preso, a figura do ex-presidente Lula, a força moral que ganha, as denúncias contra a injustiça de sua prisão, tudo isso causa desespero nos seus algozes.

Por isso, estamos no caminho certo e venceremos! Em repúdio contra a violência, realizamos o trancamento da rua na região e seguiremos lutando.

Convocamos a sociedade e as pessoas que prezam pela democracia, pelo livre direito à expressão, pela diversidade de vozes na política, que somem-se a nós na vigília. Não aceitaremos tentativas de retrocesso que já nos custaram muitas lutas e vidas.

Vigília Lula Livre, 28 de abril de 2018.