O governo Temer, que ascendeu ao poder com o golpe parlamentar de 2016, prometia resolver todos os problemas econômicos em pouco tempo, segundo notícias divulgadas na grande mídia brasileira.

Passaram-se dois anos e o brasileiro assiste a um aprofundamento da crise econômica, política e jurídica provocada pela ruptura democrática, que tirou do governo a então presidente, Dilma Rousseff (PT), eleita pela população.

A promessa de que as reformas resultariam em melhoria para a população se apresentam como um grande engodo. Os postos de trabalho com carteira assinada caíram 2,8%, quase 1 milhão de pessoas ficaram sem emprego com carteira assinada somente no último ano. Eles passaram de 34,29 milhões na média de 2016 para 33,34 milhões em 2017.

Parte das pessoas que perderam emprego foram para a informalidade. Os postos sem carteira assinada cresceram 5,5%, aumentando de 10,15 milhões para 10,7 milhões no período.

Mas as notícias ruins não param por aí após a aprovação das reformas do governo golpista. O contingente de desempregados no país aumentou em 1,47 milhão de pessoas de 2016 para 2017, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de desempregados passou de 11,76 milhões na média de 2016 para 13,23 milhões em 2017, um aumento de 12,5%.

De acordo com a Pnad, o número de desempregados no país vem aumentando desde 2014, ano em que atingiu o patamar mínimo da série histórica iniciada em 2012, com um total de 6,7 milhões de desempregados. De 2014 para 2017, quando se registrou o maior patamar da série, o total de desempregados quase dobrou, já que teve um aumento de 96%.

Para o IBGE, a nomenclatura oficial para desempregado é “desocupado”. Por isso, essa diferença entre o número de desempregados com carteira assinada e o total de desempregados. Considera-se desocupada a pessoa que procurou emprego e não conseguiu. Aqueles que não estão procurando emprego fazem parte da população em idade ativa, mas não são consideradas desocupadas.

Os setores com maior perda de postos de trabalho de um ano para o outro foram a agricultura e pecuária (-6,5%) e a construção (-6,2%). O segmento de alojamento de alimentação registrou um aumento de 11,1% no total de pessoas ocupadas. (Carta Campinas/Agência Brasil)