O advogado Cristiano Zanin, um dos defensores de Lula na Lava Jato, publicou um vídeo neste sábado (6) afirmando que o Estadão divulgou um artigo assinado por um desembargador aposentado com erros factuais sobre o caso triplex.

No artigo, assinado por Aloisio de Toledo Cesar, consta que Lula deve ser condenado em segunda instância porque Moro encontrou “indícios ou até mesmo provas” de que o petista recebeu dinheiro sujo desviado da Petrobras.

O problema é que, ao responder os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula logo após a sentença, Moro reconheceu que nunca disse, nem no processo e nem fora dele, que o ex-presidente foi beneficiário direto de recursos da Petrobras.

A defesa de Lula, inclusive, pediu a nulidade do processo porque, entre outros motivos, se Moro reconheceu que não há conexão entre o triplex e a Petrobras, então a ação penal jamais deveria ter tramitado na 13ª Vara Federal em Curitiba.

No vídeo, Zanin diz que, até o dia 24, quando Lula terá o recurso analisado pelo tribunal de segunda instância, a defesa fará um esforço pra corrigir os erros factuais (propositais ou não) que a grande mídia tem difundido sobre o caso triplex.

“[Associar a Petrobras ao triplex] É um erro comum de muitas pessoas que se propõem a fazer a análise do caso triplex. A verdade é que o próprio juiz Moro afastou a existência de qualquer recurso da Petrobras que tenha sido destinado ao ex-presidente. Vamos tentar corrigir todos esses erros factuais que estão sendo publicados na imprensa muitas vezes para confundir. Alguns efetivamente se propõem a escrever sem conhecer o processo. Outros cometem erros propositais apenas para fundamentar conclusões que não são corretas”, disse Zanin. (Do GGN)